Governadores presentes à reunião desta quarta-feira (30) com o secretário nacional de Previdência, Rogério Marinho, defenderam a aplicação automática da reforma da Previdência nos sistemas de aposentadoria estaduais se a proposta for aprovada pelo Congresso.
Secretários estaduais de Fazenda também participaram do encontro, em São Paulo.
Na proposta já em análise no Congresso, elaborada pelo governo Michel Temer, a reforma eventualmente aprovada na esfera federal só seria aplicada nos estados se as unidades da federação não aprovassem mudanças próprias em até seis meses.
Na reunião desta quarta-feira, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, atual secretário de Fazenda de São Paulo, afirmou estar otimista com a aprovação da reforma.
Apontou o que disse considerar questões favoráveis neste momento:
Acha que a população está informada sobre a necessidade da reforma. Quando a proposta foi apresentada pelo governo Temer, 70% da população se dizia contrária. As últimas pesquisas, segundo Meirelles, indicam que a maioria é favorável à reforma;
Disse que a crise dos estados teve efeito didático, mostrando à população que não basta ter o direito de receber aposentadoria. Ou seja, se o estado quebrar, não haverá dinheiro para bancar a Previdência, como tem acontecido em alguns estados.
Afirmou que o governo Temer, por não ter sido eleito, não tinha o mesmo respaldo da população como tem o governo Bolsonaro;
Concluiu que, no governo Temer, havia a expectativa em torno do processo eleitoral, o que ajudou a levar a uma maior divisão política sobre o tema. Editoria de Arte / G1
