Hackers russos tentam espionar campanhas de Trump e Biden, alerta Microsoft

Hackers russos tentam espionar campanhas de Trump e Biden, alerta Microsoft

Hackers da unidade de inteligência militar da Rússia que invadiram os servidores do Comitê Nacional Democrata em 2016 estão aplicando técnicas ainda mais avançadas para tentar roubar informações de funcionários, consultores e think-tanks ligados às campanhas de Donald Trump e Joe Biden à presidência dos Estados Unidos para as eleições deste ano.

O alerta foi feito nesta quinta-feira (10) pela Microsoft e divulgado pela imprensa americana. Além dos russos, a empresa descobriu que hackers chineses e iranianos também estão tentando interferir no pleito, mas não para beneficiar Biden, como Trump e seus assessores têm sugerido ao longo dos últimos meses.

Ontem, um ex-funcionário do governo americano denunciou que a Casa Branca e a cúpula do Departamento de Segurança Nacional retiraram informações sobre os contínuos ataques russos de memorandos internos, porque elas prejudicavam Trump. Além disso, analistas teriam sido instruídos a focar nas ações de Irã e China.

Segundo a Microsoft, os hackers russos, responsáveis pelo vazamento de milhares de e-mails da campanha da democrata Hillary Clinton em 2016, têm, agora, técnicas mais avançadas e difíceis de identificar para tentar roubar informações de funcionários das duas campanhas.

A empresa afirmou que, até o momento, não encontrou evidências de que os esforços dos hackers russos tenham sido bem-sucedidos, mas admitiu que têm uma visão limitada das operações conduzidas pela Rússia.

Desta forma, a Microsoft diz que não pode garantir que nenhum material foi roubado ou detalhar quais seriam as motivações do Kremlin, o que seria um trabalho das agências de inteligência dos EUA.

Sobre a China, ao contrário da avaliação divulgada em agosto pelo diretor nacional de inteligência dos EUA, de que Pequim prefere uma vitória de Biden, a Microsoft descobriu que hackers do país têm atacado contas de e-mails da campanha democrata. Think-tanks e consultores parceiros do ex-vice-presidente também estão na mira dos chineses.

Segundo a Microsoft, apenas um dos alvos dos chineses era ligado a Trump. A empresa, porém, não quis identificá-lo e se limitou a dizer que se trata de um ex-funcionário do governo americano.

Ao jornal “The New York Times”, a campanha de Biden disse estar ciente de que contas de e-mail de seus funcionários foram alvos de ataques de hackers estrangeiros e que está se preparando para novas ações nas próximas semanas.

Em comunicado, Christopher Krebs, diretor de Cibersegurança do Departamento de Segurança Nacional, afirmou que também foi informado sobre as descobertas da Microsoft e garantiu que não houve qualquer impacto nos sistemas eleitorais do país.

bratings01

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