Alvo de sanções, Venezuela está sem espaço para armazenar petróleo

Alvo de sanções, Venezuela está sem espaço para armazenar petróleo


Navios-petroleiros carregados de petróleo bruto venezuelano, avaliados em mais de US$ 500 milhões, estão flutuando enquanto o país procura compradores após sanção dos EUA. Alvo de sanções dos Estados Unidos que impedem a comercialização de petróleo venezuelano, o país sul-americano está ficando sem espaço para armazenar sua produção, informou nesta terça-feira (26) a agência Bloomberg. Navios-petroleiros carregados com 8,36 milhões de barris de petróleo bruto venezuelano, avaliados em mais de US$ 500 milhões, estão flutuando ao largo da sua costa enquanto o país procura encontrar compradores para seu petróleo. As novas sanções foram impostas pelos EUA em janeiro. Por que falta gasolina nos postos da Venezuela, país exportador de petróleo
Uma frota de 16 navios armazena carregamentos pertencentes à estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), à Chevron, à Valero Energy e à Rosneft Oil, segundo relatórios de embarque e dados de monitoramento de navios.
As empresas Rosneft, Chevron, Total e Equinor fazem o trabalho de “melhoramento”, que consiste em transformar o petróleo bruto venezuelano, com consistência similar à do asfalto, em um óleo que as refinarias são capazes de processar. Mas o ritmo precisou ser reduzido nesta semana, já que não há mais espaço para armazenar petróleo bruto, de acordo com informações veiculadas pela Bloomberg. Equipamentos com logo da PDVSA, empresa estatal venezuelana de produção de petróleo, em imagem registrada em Lagunillas, Venezuela. Isaac Urrutia/Reuters/Foto de arquivo
Como há poucos compradores dispostos a adquirir petróleo da PDVSA, a alternativa foi colocar parte do óleo em navios-petroleiros para liberar espaço e continuar operando a um ritmo mais lento.
Os carregamentos de petróleo exportado para os EUA, que já foram os maiores clientes da Venezuela, secaram. Sem acesso ao sistema financeiro dos EUA, do qual muitas refinarias e tradings dependem para financiar suas operações, a PDVSA está tendo problemas para encontrar compradores além de países como Índia e China, aos quais deve petróleo como pagamento por empréstimos passados.
A Bloomberg apurou que a Petromonagas, joint-venture da PDVSA e da Rosneft voltada ao processo de melhoramento, não está processando petróleo porque ficou sem espaço para armazenar sua produção. A Petropiar, empreendimento da PDVSA com a Chevron, reduziu a produção pelo mesmo motivo. A Petrocedeno, empreendimento da PDVSA, Total e Equinor, está ficando sem petróleo para processar porque a proibição de venda de nafta pesada para a PDVSA dificultou o transporte do óleo pesado através de oleodutos dos campos em terra para a unidade de melhoramento.
(* com informações da Bloomberg)

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