Rumo vence leilão de trecho da Ferrovia Norte-Sul

Rumo vence leilão de trecho da Ferrovia Norte-Sul


Empresa ofereceu R$ 2,719 bilhões pelo trecho. A Rumo arrematou nesta quinta-feira (28), em leilão na B3, em São Paulo, o trecho de 1.537 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul que liga Porto Nacional (TO) a Estrela d’Oeste (SP). A empresa ofereceu R$ 2.719.530.000 pelo trecho. Telão exibe resultado de leilão da Ferrovia Norte-Sul
Luiz Guilherme Gerbelli/G1
Foi o primeiro leilão de ferrovias do governo em mais de dez anos. A última concessão ferroviária aconteceu em 2007, quando a VLI venceu a concessão do trecho da ferrovia que liga Porto Nacional a Açailândia (MA).
A ferrovia é classificada como um dos principais projetos para o escoamento da produção agrícola do país, e a estimativa é que os investimentos cheguem a R$ 2,724 bilhões.
As regras do leilão previam que venceria a proposta com maior valor a ser pago à União. O lance mínimo previsto era de R$ 1,35 bilhão. O prazo do contrato é de 30 anos.
Apenas duas empresas – VLI e Rumo – apresentaram propostas pelo trecho. A estatal russa RZD, que várias vezes afirmou que tinha interesse na ferrovia, decidiu não participar da disputa.
Leilão da Ferrovia Norte-Sul Arte/G1
Questionamento
O direito do vencedor do leilão de acessar os trilhos de outra empresa era o principal ponto de crítica ao edital da Ferrovia Norte-Sul. O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo, chegou a pedir a suspensão do leilão. No pedido, Marcelo argumentou que faltam regras claras sobre o direito de passagem, o que, segundo ele, prejudica a concorrência e direciona o leilão.
O trecho leiloado nesta quinta-feira está ligado a duas ferrovias já concedidas. No lado norte, o trecho é ligado ao Tramo Norte da Ferrovia Norte-Sul, que pertence à VLI e à Estrada de Ferro Carajás. Na parte sul, o trecho é ligado à ferrovia Malha Paulista, que pertence à Rumo, e que chega ao Porto de Santos, em São Paulo.
Sem passar por uma dessas duas ferrovias, o trecho concedido não consegue acessar nenhum dos portos. “Sem previsão explicita no edital, o direito de passagem será regulamentado pelo governo. Em nota o Ministério da Infraestrutura informou que firmou um compromisso com o Ministério Público Federal para “expedir diretrizes de políticas públicas que assegurem a adequada regulação sobre o compartilhamento de infraestrutura ferroviária, com ações claras, visando à ampliação do modo ferroviário na matriz de transportes do país”, afirmou o procurador Júlio Marcelo.

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