Após ‘fritura’ do presidente da Petrobras, ministro diz ver ‘correção de rumo’ na companhia

Após ‘fritura’ do presidente da Petrobras, ministro diz ver ‘correção de rumo’ na companhia

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi questionado se a posição de Jean Paul Prates está alinhada às expectativas do Planalto. Petrobras
Jornal Nacional/Reprodução
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta segunda-feira (22) que houve uma “correção de rumo” na Petrobras, ao ser questionado sobre se a posição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, é convergente às expectativas do Planalto.
Silveira mencionou o anúncio de Prates, na semana passada, de investimentos previstos no Plano Estratégico da estatal, como a retomada da fábrica de fertilizantes no Paraná. Além disso, segundo o ministro, o presidente da Petrobras citou a política de gás natural.
“Eu vinha já há quase um ano dizendo que o Brasil não abriria mão dessas políticas, o que demonstra que nós estamos tendo uma correção de rumo fundamental para o desenvolvimento nacional e [para] cumprir o grande propósito de gerar emprego e renda para o Brasil”, declarou o ministro.
As declarações vêm depois de um processo de fritura de Prates junto ao Palácio do Planalto, que se intensificou depois da discussão sobre a distribuição de dividendos extraordinários da Petrobras, em março.
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Na ocasião, havia uma orientação do governo para a retenção dos dividendos extras, com pagamento apenas dos dividendos ordinários – que são obrigatórios.
Prates havia proposto distribuir metade dos extraordinários, mas foi voto vencido. Ao final, se absteve da votação que representou o pagamento aos acionistas.
O posicionamento desagradou o Planalto e a continuidade de Prates no comando da estatal se tornou incerta. Passada a crise, o governo decidiu manter Jean Paul Prates no cargo.
Segundo o blog da Julia Dualibi, Silveira vinha conversando com outros ministros sobre a hipótese de Prates permanecer na Petrobras – desde que houvesse uma mudança de postura, mais ajustada aos interesses do governo.
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Dividendos da Petrobras
Com a necessidade de o governo aumentar a arrecadação para cumprir a meta fiscal este ano, os dividendos voltaram à pauta do Conselho de Administração da Petrobras.
Na última sexta-feira (19), o assunto foi incluído na pauta do colegiado. A diretoria executiva da Petrobras apresentou novos estudos que comprovariam a possibilidade de pagamento de 50% dos dividendos retidos, cerca de R$ 21 bilhões.
Segundo Silveira, “há elementos novos, a diretoria apresentou a melhoria da oxigenação financeira da empresa a partir, naturalmente, do aumento do preço do Brent e do aumento do preço do dólar. Isso vai ser considerado”.
Os acionistas da Petrobras participarão de uma assembleia na quinta-feira (25), em que devem votar sobre a distribuição de dividendos.

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