Dólar sobe e se aproxima de R$ 5,61, após novas falas de Lula sobre o BC; Ibovespa avança

Dólar sobe e se aproxima de R$ 5,61, após novas falas de Lula sobre o BC; Ibovespa avança

Na última sexta-feira (28), a moeda norte-americana fechou em alta de 1,46%, cotada a R$ 5,5884. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com um avanço de 1,36%, aos 124.308 pontos. Cédulas de dólar
John Guccione/Pexels
O dólar voltou a operar em alta nesta segunda-feira (1º), conforme investidores repercutem novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e continuam a monitorar o quadro fiscal do país.
Por aqui, as falas de Lula sobre a política monetária brasileira continuam a fazer preço nos mercados. Após ter criticado o Banco Central do Brasil (BC) na última semana, o presidente voltou tecer comentários, afirmando que o próximo presidente da instituição olhará para o Brasil “do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”. (veja mais abaixo)
Além disso, novos dados econômicos dos Estados Unidos também ficam no radar.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, também operava em alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 14h, o dólar operava em alta de 0,29%, cotado em R$ 5,6048. Nas máximas do dia, chegou aos R$ 5,6073. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira, o dólar teve alta de 1,46%, cotado a R$ 5,5884.
Com o resultado, acumulou:
avanço de 2,71% na semana;
ganho de 6,46% no mês;
alta de 15,17% no ano.

Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,89%, aos 125.008 pontos.
Na última sexta-feira, o Ibovespa teve queda de 0,32%, aos 123.907 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2,11% na semana;
ganhos de 1,48% no mês;
perdas de 7,66% no ano.

DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
Sem grandes destaques na agenda, novas críticas do presidente Lula à condução de política monetária do Banco Central voltaram a fazer preço nos mercados nesta segunda-feira (1º).
Segundo Lula, o próximo presidente do BC deve olhar para o Brasil “do jeito que ele é e não do jeito que o sistema financeiro fala”.
“Eu estou há dois anos com o presidente do Banco Central do [ex-presidente Jair] Bolsonaro, não é correto isso”, afirmou o presidente nesta segunda-feira, ponderando que a autonomia do BC foi aprovada pelo Congresso e será respeitada.
“Eu tenho que, com muita paciência, esperar a hora de indicar o outro candidato, e ver se a gente consegue… ter um presidente do Banco Central que olhe o país do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”, acrescentou, destacando que “quem quer BC autônomo é o mercado”.
Lula ainda disse que preza pela responsabilidade fiscal e que inflação baixa é sua obsessão, usando como exemplo a decisão do governo de manter a meta para a evolução dos preços em 3%.
As falas recentes do presidente se juntam às críticas feitas por ele à instituição na semana passada. Lula disse que “a taxa de juros de 10,5% é irreal para uma inflação de 4%”, reiterando que a Selic deve melhorar quando ele indicar o substituto de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC. O mandato de Campos Neto termina no final deste ano.
Além disso, o mercado segue atento ao cenário fiscal do país, principalmente após o resultado consolidado do setor público ter revelado um déficit superior às projeções do mercado, na semana passada.
30 anos do Real: como era a vida antes do plano econômico que deu origem à moeda brasileira
Na agenda, o principal destaque fica com o novo Boletim Focus, relatório que reúne projeções para os principais indicadores econômicos.
Segundo o documento, os analistas do mercado financeiro voltaram a elevar as estimativas para a inflação deste ano pela oitava semana consecutiva, de 3,98% para 4%.
O início das reservas das ações de privatização da Sabesp também ficam na mira dos investidores.
Já no exterior, as atenções se voltam para a atividade econômica dos Estados Unidos. Segundo dados do Departamento do Comércio norte-americano, os gastos com construção caíram inesperadamente em maio, uma vez que as taxas de hipoteca mais altas pesaram sobre a construção de residências unifamiliares. O indicador teve queda de 0,1%, após alta de 0,3% em abril.
Além disso, informações do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês), indicaram que o setor manufatureiro dos EUA se contraiu pelo terceiro mês seguido em junho, de 48,7 para 48,5. Uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor manufatureiro.

Os comentários estão fechados.

Proudly powered by WordPress | Theme: Content by SpiceThemes

Generated by Feedzy