Campos Neto sai de férias e escolhe Galípolo como presidente interino do Banco Central

Campos Neto sai de férias e escolhe Galípolo como presidente interino do Banco Central

Gabriel Galípolo, indicado para cargo na diretoria do BC, foi sabatinado por senadores nesta terça (4)
Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, saiu de férias e escolheu como como chefe interino da instituição o atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo.
O regimento interno do Banco Central dá ao presidente da autarquia o direito de escolher um interino durante suas ausências.
Com a escolha, Gabriel Galípolo, que foi indicado por Lula e que está cotado para ser o sucessor de Campos Neto, ficará à frente do Banco Central até o dia 19 de julho.
As férias de Campos Neto começam oficialmente nesta quarta-feira (3). Entretanto, Galípolo já estava à frente do Banco Central desde o dia 28 de junho quando o titular da função viajou a Lisboa, Portugal.
Ou seja, por cerca de três semanas, Lula tem no comando do Banco Central alguém que indicou.
Entretanto, Roberto Campos Neto volta do período de férias antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por fixar a taxa básica de juros da economia brasileira, que atualmente está em 10,5% ao ano.
Crítico ferrenho de Campos Neto, Lula já externou por diversas vezes insatisfações com o mandatário do BC, que, na avaliação do petista, “tem lado político” e “trabalha para prejudicar o país”. Campos Neto foi indicado para o Banco Central por Jair Bolsonaro (PL) e tem mandato até o fim deste ano.
Além disso, para o presidente da República, o atual cenário da economia brasileira, com inflação dentro da meta, permite uma taxa de juros menor, o que facilitaria a realização de investimentos no país.
Período mais calmo
Klava: Lula muda tom após reunião com Haddad e dólar cai ainda mais
Galípolo pode estar interinamente no comando do BC num período mais calmo, caso o governo anuncie nos próximos dias medidas de contenção de gastos para cumprir as regras do arcabouço fiscal neste e nos próximos anos.
Nesta quarta-feira, por sinal, depois das declarações de Fernando Haddad e do presidente Lula, de que seu governo tem responsabilidade fiscal e não vai jogar dinheiro fora, o dólar caía mais de 2%.

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