Entenda a diferença entre carne in natura e processada, que Lula sugeriu serem separadas na tributação

Entenda a diferença entre carne in natura e processada, que Lula sugeriu serem separadas na tributação

Produtos in natura são obtidos diretamente dos animais, sem passar por qualquer alteração. Já os processados têm adição de sal, açúcar ou outro ingrediente que torne a comida mais durável, saborosa e atraente. Peça de carne em açougue.
LUCAS PRATES/HOJE EM DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a isenção de imposto sobre carnes na discussão sobre a regulamentação da reforma tributária, na última quarta-feira (3). Devido às dificuldades para incluir o alimento na cesta básica, Lula sugeriu separar a tributação do produto in natura do processado ou industrializado. Entenda a diferença entre os dois mais abaixo.
O Congresso Nacional está debatendo a regulamentação da reforma tributária e vai definir os itens que farão parte da cesta básica. Para Lula, a carne deve integrar a lista, que terá uma tributação menor ou, até mesmo, zerada.
🥩In natura
Alimentos in natura são os obtidos diretamente de planta ou de animais, sem passar por qualquer alteração, segundo a regulamentação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
É o caso dos cortes de carnes, como o frango e suas partes (pé, pescoço, peito, coxa, entre outras); bovinos (coxão, bisteca, lombo, alcatra, etc.) e suínos (paleta, pernil, joelho, costela, etc.).
A lista de produtos apontados como in natura pelo ministério também inclui partes de outros animais, como emas, jacarés e avestruz. O detalhamento pode ser encontrado na Portaria N° 744 do Ministério da Agricultura, de 25 de janeiro de 2023, neste link.
Alimento minimamente processado
É comum os produtos in natura passarem por alguma alteração antes de irem para as prateleiras dos supermercados e açougues.
Quando houver remoção de partes não comestíveis, passar pela etapa de embalar ou congelamento, a comida passará a ser considerada “minimamente processada”.
Esta categoria é diferente de quando o alimento é “processado”, pois não há a adição de substâncias, como açúcares e gorduras.
Uma das razões para fazer o mínimo de processamento é aumentar a durabilidade do produto, que, in natura, tende a se deteriorar muito rapidamente. Com essa etapa, ele se torna mais apropriado para o armazenamento.
Além disso, as técnicas de processamento mínimo ajudam a agilizar a preparação em casa, já que antecipam a remoção de partes indesejadas da carne, aponta o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde.
🥓 Processados
Os alimentos processados são aqueles fabricados pela indústria com a adição de sal, açúcar ou outro ingrediente que torne a comida mais durável, saborosa e atraente.
É o caso da sardinha, do atum em lata, das carnes salgadas e defumadas, como a carne seca e o toucinho.
As técnicas de processamento desses produtos se assemelham a técnicas culinárias, podendo incluir cozimento, secagem, fermentação, acondicionamento da comida em latas ou vidros e uso de métodos de preservação, como salga, salmoura, cura e defumação, explica o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Na fabricação, há ainda a perda de água e a adição de açúcar ou óleo, que deixam esses alimentos com maior densidade calórica.
Segundo o documento, os processados, em geral, são facilmente reconhecidos como versões modificadas dos alimentos originais.
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