IPCA-15: preços sobem 0,30% em julho, com altas de passagem aérea e combustíveis

IPCA-15: preços sobem 0,30% em julho, com altas de passagem aérea e combustíveis

Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,45% na janela de 12 meses. Grupo de Alimentação e bebidas teve a primeira queda em oito meses. Movimentação no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, na manhã deste sábado, 26 de agosto de 2023.
MARCO AMBROSIO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,30% nos preços em julho, informou nesta quinta-feira (25) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O destaque do mês vem do grupo Transportes, que teve alta de 1,12% no mês, e contribuiu com 0,23 ponto percentual (p.p.) do índice geral. A passagem aérea subiu 19,21% em julho, e sozinha teve peso de 0,12 p.p. A gasolina também foi destaque, ao ter valorização de 1,43% e 0,07 p.p. no indicador.
O índice geral teve uma desaceleração de 0,09 p.p. na comparação com o mês anterior, quando os preços medidos pelo indicador subiram 0,39%. Em julho de 2023, houve deflação de 0,07%.
Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,45% na janela de 12 meses. No ano, a alta é de 2,82%.
O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que eram de que a prévia da inflação registrasse uma alta de 0,23% em julho.

Sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em julho. Além dos Transportes, o grupo Habitação, que teve a maior alta percentual entre os grupamentos, com 0,49%, além de um impacto no índice de 0,07 p.p.
Veja abaixo a variação dos grupos em julho
Alimentação e bebidas: -0,44%;
Habitação: 0,49%;
Artigos de residência: 0,24%;
Vestuário: -0,08%;
Transportes: 1,12%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,33%;
Despesas pessoais: 0,32%;
Educação: 0,06%;
Comunicação: 0,09%.

Alimentação tem queda
O grupo Alimentação e bebidas teve um recuo de 0,44% em julho, a primeira deflação do grupo em oito meses.
Nesse período, a safra agrícola foi amplamente afetada pelos fenômeno climático El Niño. E, quando se esperava que a influência diminuísse, houve a tragédia das enchentes do Rio Grande do Sul, que prejudicou uma cesta de produtos locais, como o arroz.
Em julho, o subgrupo de Alimentação no domicílio registrou deflação de 0,70%. Segundo o IBGE, contribuíram para esse resultado as quedas da cenoura (-21,60%), do tomate (-17,94%), da cebola (-7,89%) e das frutas (-2,88%). Ainda houve alta do leite longa vida (2,58%) e o café moído (2,54%).
Já a Alimentação fora do domicílio teve alta de 0,25%, mas desacelerou em relação a junho (0,59%). Foram registradas das altas menos intensas do lanche (de 0,80% para 0,24%) e da refeição (0,51% para 0,23%).
Alta da gasolina
A gasolina foi o segundo item entre os que tiveram maior participação no resultado do IPCA-15 de julho. No início do mês, a Petrobras reajustou os preços da gasolina e do gás de cozinha para as distribuidoras. O último reajuste da gasolina feito pela Petrobras havia sido em outubro de 2023.
Como consequência, o preço médio do litro da gasolina na bomba, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), já subiu quase 5% nas últimas duas semanas.
O combustível foi comercializado, em média, a R$ 6,13 — maior valor registrado no atual governo Lula (PT). O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,99, segundo a ANP.

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