Trabalhadores trocam o dia-a-dia na roça pelas oportunidades no turismo rural

Trabalhadores trocam o dia-a-dia na roça pelas oportunidades no turismo rural

Entre as atividades rurais do cotidiano, famílias do interior de São Paulo recebem turistas no campo por meio de serviços de alimentação, como adegas e restaurantes. Trabalhadores trocam o dia-a-dia na roça pelas oportunidades no turismo rural
Reprodução/TV TEM
Em Jundiaí (SP), trabalhadores que, antes, passavam o dia na roça, escolheram outro setor para ganhar a vida, mas ainda ligado ao campo: o turismo rural.
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A música caipira, as parreirais de uva e a grama verde ao fundo: foi em meio a esses detalhes que o produtor Rodinei Fontebasso e sua família montaram um restaurante para receber turistas no campo, onde ele ainda continua suas outras atividades.
O trabalho rural se mistura ao da cozinha, que virou ponto de turismo rural, além de gerar renda para os moradores. Uma dessas famílias é a de Vanusa Apolinário, responsável pelas saladas.
Sua antiga vida, na lavoura, era puxada. A atual saladeira decidiu largar a enxada, colocar um avental, e ir em busca de um salário melhor, com oportunidades que o campo não poderia lhe trazer.
No fim das contas, Vanusa pode até ter saído da “roça”, mas a “roça” não saiu dela. Todos os ingredientes com os quais trabalha, vieram de produtores da região do Caxambu. E como alguém que já plantou tudo isso, ela sabe identificar a qualidade na hora de montar as saladas.
O prato principal do restaurante é uma lasanha feita na telha, que mantém a temperatura bem rústica, com ingredientes locais.
O setor de turismo em Jundiaí gera cerca de 30 mil empregos, diretos e indiretos. Atualmente, são 84 empreendimentos que vivem do turismo rural.
Restaurantes bucólicos agregam valor à economia dessa região. Um deles é de Vagner Marquezin, empresário e produtor rural, que cuida do comércio e da lavoura. O local fica em um dos pontos mais altos do município, ao lado de uma plantação de limão e goiaba.
As terras da família do Vagner contam com 15 hectares. Tudo começou há anos e anos atrás, com seus antepassados: imigrantes italianos. Na época, eles construíram uma capelinha que começou a ser frequentada pelos moradores.
Nos dias atuais, esta capela é a principal igreja do Bairro da Toca e, como eles começaram a realizar quermesses, a comida feita pela família deu muito certo. Foi a partir de então que surgiu a ideia de montar um restaurante. Um cantinho gostoso com lago e campo à vista.
De lida com o campo, Richarlei Nascimento e Sidinei Pereira entendem. Ambos são agricultores e garçons, e trabalham na lavoura de uva. O serviço é pesado, pois eles participam de todos os processos nos parreirais.
Portanto, aos finais de semana, os profissionais só desejam sombra, mas isso não quer dizer que trabalhem menos. Eles trocam suas roupas de agricultores por peças limpinhas, e atuam como garçons e receptores em uma adega.
A renda extra adquirida ajuda muito o Sidnei, que tem duas filhas. Uma delas é PCD. Toda a sua família é sustentada com os retornos da lavoura e da adega.
Veja a reportagem exibida no programa em 15/09/2024:
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