Dólar abre em baixa em semana com dados econômicos importante e cenário fiscal ainda no radar

Dólar abre em baixa em semana com dados econômicos importante e cenário fiscal ainda no radar

Na última sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,12%, cotada a R$ 5,4365. Já o principal índice de ações da bolsa encerrou em queda de 0,21%, aos 132.730 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar abriu em baixa nesta segunda-feira (30), último pregão de setembro, mas iniciando uma semana marcada por divulgações de dados econômicos importantes, com destaque para os novos números do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
No Brasil, o Banco Central (BC) divulgou o relatório de estatística fiscais consolidadas até agosto, que mostram uma leve alta na dívida pública brasileira. A dívida bruta do país foi de 78,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no mês, contra 78,4% em julho.
Também, o mercado repercute mais um Boletim Focus — relatório do BC que reúne as projeções de economistas para os principais indicadores do país —, que elevou as projeções para a Selic, taxa básica de juros, neste ano.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h05, o dólar caía 0,30%, cotado a R$ 5,4201. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (27), a moeda caiu 0,12%, cotada a R$ 5,4365.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,53% na semana;
perda de 3,48% no mês;
avanço de 12,04% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na sexta, o índice caiu 0,21%, aos 132.730 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 1,27% na semana;
recuo de 2,41% no mês; e
queda de 1,08% no ano.

O que está mexendo com os mercados
O mercado opera em meio a mais uma semana recheada de divulgações de indicadores econômicos importantes, que podem trazer mais perspectivas sobre o futuro dos juros aqui e lá fora.
No Brasil, o destaque do dia é o relatório de estatísticas fiscais do BC, que mostrou um leve crescimento na dívida pública do país. O resultado veio me linha com as projeções do mercado, sem pesar sobre os ativos brasileiros neste início de pregão.
As contas do setor público do país tiveram um déficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto. O déficit primário acontece quando as receitas com impostos ficam abaixo das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública.
Apesar da leve alta entre julho e setembro, o resultado do mês representa uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando o déficit era maior, de R$ 22,8 bilhões.
O Governo Federal foi o único ente da pesquisa que teve um déficit, de R$ 22,3 bilhões. Os estados e municípios tiverem um superávit de R$ 435 milhões, enquanto as empresas estatais apresentaram superávit de R$ 469 milhões.
Já no acumulado do ano até aqui, as contas públicas apresentaram um resultado negativo de R$ 86,2 bilhões, o equivalente a 1,14% do PIB. Para 2024, a meta fiscal, fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um déficit de até R$ 13,31 bilhões.
Isso representa piora em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um déficit primário de R$ 79 bilhões, ou 1,11% do PIB.
O BC também divulgou mais um Boletim Focus, que mostrou que os economistas do mercado financeiro passaram a prever uma taxa Selic maior no final do ano.
A previsão do mercado passou a ser de dois aumentos de 0,50 ponto percentual na taxa Selic nas reuniões de novembro e de dezembro deste ano. Se confirmada a projeção do mercado, a Selic avançará para 11,25% ao ano em novembro e para 11,75% ao ano em dezembro de 2024.
No exterior, o dado mais aguardado chega só na sexta-feira, com o relatório de empregos mais popular dos Estados Unidos, o payroll. A expectativa do mercado financeiro é que a taxa de desemprego tenha se mantido em 4,2% em setembro, com uma geração de 144 mil empregos não-agrícolas.
Antes disso, ao longo da semana, outros números do mercado de trabalho também serão divulgados, com o relatório Jolts, o ADP e os pedidos semanais por seguro-desemprego.
Esses números serão observados com atenção por um mercado que espera novas pistas sobre qual deve ser o comportamento do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em relação as taxas de juros do país nos próximos meses.
Em sua última reunião, a instituição iniciou um ciclo de corte nos juros, que estavam no maior patamar em duas décadas, e reduziu suas taxas em 0,50 ponto percentual, a um nível entre 4,75% e 5,00% ao ano.
Agora, investidores querem saber o que vem pela frente, se novas quedas virão e qual serão suas magnitudes. Nesse sentido, um mercado de trabalho mais aquecido pode colocar um freio no ciclo do Fed, já que mais empregos implicam em mais dinheiro na mão da população e maior pressão inflacionária;

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