No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,63%, cotada a R$ 5,7464. Já o principal índice de ações da bolsa de valores, encerrou em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos. Donald Trump, 47º presidente dos Estados Unidos.
Carlos Barria/Reuters
O dólar opera em forte alta nesta quarta-feira (6), acompanhando a valorização da moeda no mundo inteiro após a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos.
Trump defendeu durante toda sua campanha a taxação de produtos importados nos Estados Unidos, além de outras medidas de protecionismo econômico — o que aumentou as perspectivas de que, em um governo dele, a inflação poderia subir, elevando os juros e isso levou a uma disparada do dólar pelo mundo.
Além disso, as incertezas sobre o quadro fiscal do país também continuam a pesar nos mercados, conforme investidores seguem na expectativa pelo anúncio de cortes de gastos por parte do governo. Na segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a fazer uma reunião de três horas com a equipe econômica para tratar sobre o tema. (Entenda mais abaixo)
Veja abaixo o resumo dos mercados.
MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
Dólar
Às 09h15, o dólar subia 1,52%, cotado a R$ 5,8339. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8619. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda caiu 0,63%, cotada a R$ 5,7464.
Com o resultado, acumulou:
queda de 2,10% na semana;
recuo de 0,60% no mês;
ganho de 18,42% no ano.
O
Ibovespa
Na véspera, o índice encerrou em alta de 0,11%, aos 130.661 pontos.
Com o resultado, acumulou:
avanço de 1,87% na semana;
ganhos de 0,62% no mês;
recuo de 2,74% no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
Em reportagem do g1, especialistas explicaram que tanto Kamala Harris quanto Donald Trump podem trazer impactos para a economia brasileira com suas políticas. No entanto, com as propostas apesentadas até aqui, a expectativa é que a vitória de Trump pressione mais o dólar em detrimento do real.
Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos Estados Unidos, diminuindo o comércio com a China.
“Trump tem batido muito mais forte contra a China e tem atuado para restringir, principalmente, exportações de tecnologia acessível para o país asiático. Ele também tem ameaçado punir países que comecem a operar na moeda chinesa. Então, com Trump, podemos ter uma sanção indireta — ou seja, uma sanção contra a China e que possa afetar as exportações brasileiras”, explicou ao g1 Welber Barral, consultor especializado em comércio internacional.
Esse cenário poder mexer com a balança comercial brasileira, diminuindo o nível de exportações, o que reduziria a reserva de dólares e poderia pressionar ainda mais a inflação.