Dólar abre em alta e vai a R$ 5,68 nesta quinta-feira

Dólar abre em alta e vai a R$ 5,68 nesta quinta-feira

Na véspera, a moeda norte-americana avançou 1,27%, cotada em R$ 5,6566. Já o principal índice de ações da bolsa fechou em queda 0,13%, aos 126.423 pontos. Dólar impacta a inflação brasileira
Pixabay
O dólar abriu em alta nesta quinta-feira (25), com investidores avaliando novos dados sobre a atividade econômica dos Estados Unidos e ainda de olho nos desdobramentos fiscais por aqui.
Na véspera, a decepção com os resultados observados na temporada de balanços corporativos castigou os ativos em Wall Street e, segundo analistas, o mau-humor pode continuar se estendendo pelos negócios nesta quinta-feira.
Além disso, dúvidas sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução dos juros dos EUA ainda pairam sobre os mercados.
Por aqui, o quadro fiscal continua no radar e investidores começam os negócios desta quinta-feira repercutindo a prévia da inflação oficial do país.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h01, o dólar operava em alta de 0,53%, cotado em R$ 5,6864. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda fechou em alta de 1,27%, cotada em R$ 5,6566.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,94% na semana;
ganho de 1,22% no mês;
alta de 16,57% no ano.

Ibovespa
As negociações do Ibovespa, por sua vez, começam apenas a partir das 10h.
Na véspera, o índice fechou em queda 0,13%, aos 126.423 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,94% na semana;
ganhos de 2,03% no mês;
perdas de 5,78% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
O destaque desta quinta-feira (25) fica por conta da divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, com foco no Produto Interno Bruto (PIB) e nos novos dados do mercado de trabalho norte-americano.
Segundo relatório do Departamento de Comércio dos EUA sobre o PIB do país, o crescimento da maior economia do mundo deve ter acelerado no segundo trimestre deste ano, estimulado por sólidos gastos dos consumidores e pela formação de estoques. O ritmo de expansão, no entanto, ainda deve manter intactas as expectativas de um corte na taxa de juros por parte do Fed em setembro.
Ainda nos EUA, os desdobramentos da corrida eleitoral norte-americana também continuam no radar. Nesta semana, a vice-presidente Kamala Harris participou do primeiro comício do processo eleitoral que vai escolher o ocupante da Casa Branca a partir de 2025.
Ela participou na condição de pré-candidata à Presidência e afirmou já ter conseguido o apoio de delegados suficientes para assegurar a candidatura democrata.
Para ser a candidata oficial do partido, Kamala precisa não do voto dos eleitores, mas sim do voto dos representantes do partido em cada estado — os delegados —, que oficializam o nome do candidato em agosto. Segundo a agência de notícias Associated Press, a vice-presidente tem mais de 3.090 delegados ao seu lado, cerca de mil delegados a mais do que o necessário.
Além disso, ainda no mercado internacional, investidores também repercutem o cenário na China, em meio a preocupações com os problemas econômicos do país após o banco central ter realizado uma operação de empréstimo não programada com taxas mais baixas — sugerindo que as autoridades estão tentando fornecer um estímulo monetário mais pesado para sustentar a economia.
A operação de empréstimo de médio prazo ocorre dias após o BC chinês ter cortado várias taxas de empréstimo de referência, na segunda-feira.
Por fim, no noticiário corporativo, investidores seguem atentos à temporada de balanços. Na véspera, lucros decepcionantes da Tesla e da Alphabet minaram a confiança do mercado no segmento de tecnologia, provocando um forte desmonte de posições e trazendo um dia bastante negativo para os mercados em Wall Street.
O movimento vem, ainda, após a pane global causada pela CrowdStrike. O S&P 500 perdeu 2,31%. O índice de tecnologia Nasdaq perdeu 3,64%. O Dow Jones caiu 1,24%.
“Os mercados estão atentos à questão da inteligência artificial, ou seja, todo aquele ‘hype’ recente que observamos nas ações de companhias como Nvidia começaram agora a se desmontar por conta de cálculos que o mercado anda fazendo”, afirmou o economista da MoneYou Jason Vieira.
Segundo o especialista, ainda que algumas companhias mais robustas tenham apresentado resultados acima da expectativa, o segmento de tecnologia continua sendo penalizado e ainda deve sofrer a pressão das incertezas sobre o futuro dos juros nos Estados Unidos.
Já no noticiário doméstico, as atenções ficam voltadas para a divulgação da prévia da inflação oficial do país, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador subiu 0,30% em julho.
O destaque do mês vem do grupo Transportes, que teve alta de 1,12% no mês, e contribuiu com 0,23 ponto percentual (p.p.) do índice geral. A passagem aérea subiu 19,21% em julho, e sozinha teve peso de 0,12 p.p. A gasolina também foi destaque, ao ter valorização de 1,43% e 0,07 p.p. no indicador.
O índice geral teve uma desaceleração de 0,09 p.p. na comparação com o mês anterior, quando os preços medidos pelo indicador subiram 0,39%. Em julho de 2023, houve deflação de 0,07%.
Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,45% na janela de 12 meses. No ano, a alta é de 2,82%.
O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que eram de que a prévia da inflação registrasse uma alta de 0,23% em julho.
*Com informações da agência de notícias Reuters.

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