Dólar abre em baixa após divulgação da ata do Copom

Dólar abre em baixa após divulgação da ata do Copom

No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,25%, cotada a R$ 5,5344. Já o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, encerrou em queda de 0,38%, aos 130.568 pontos. Mulher segura notas de dólar, dinheiro
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar abriu em baixa nesta terça-feira (24), logo após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), que elevou a Selic, taxa básica de juros, em 0,25 ponto percentual, a 10,75% ao ano.
No documento, os dirigentes do BC não deixaram claro qual será o patamar da próxima alta nos juros, na reunião que acontece em novembro, mas reafirmaram o “firme compromisso” de convergir a inflação à meta da instituição.
A ata ainda cita que os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho têm apresentado um dinamismo maior do que o esperado e critica o “esmorecimento no esforço (do Governo Federal) de reformas estruturais e disciplina fiscal”.
A cautela com o cenário fiscal é, inclusive, um grande fator negativo para os investidores — e que tem pressionado o real e os ativos brasileiros nos últimos dias –, depois do quarto Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias (RARDP) de 2024 mostrar uma contenção de despesas abaixo do esperado pelo mercado.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
MOTIVOS: Ibovespa tem melhor mês desde novembro, mas dólar não segue o entusiasmo
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Dólar
Às 09h, o dólar caía 0,38%, cotado a R$ 5,5131. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda subiu 0,25%, cotada a R$ 5,5344. Na máxima do dia chegou a R$ 5,5979.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,25% na semana;
perda de 1,74% no mês;
avanço de 14,05% no ano.

Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice caiu 0,38%, aos 130.568 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,38% na semana;
recuo de 4% no mês; e
queda de 2,70% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
O grande destaque deste pregão é a ata do Copom, que reforçou a visão de que novas altas na taxa Selic devem acontecer nos próximos meses.
O documento mostra que o Comitê julgou que o início do ciclo de altas nos juros deveria ser gradual, para se beneficiar de um acompanhamento diligente dos dados.
Também nesta semana, o BC divulga o Relatório Trimestral de Inflação, na quinta-feira. Outros dados de inflação, mercado de trabalho e contas públicas são aguardados nos próximos dias.
Nesta segunda, o Boletim Focus voltou a mostrar um aumento das expectativas do mercado financeiro para a inflação brasileira em 2024, passando de 4,35% para 4,37%.
As projeções para a inflação continuam se distanciando da meta central e se aproximando do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano – e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
Para 2025, a estimativa de inflação subiu de 3,95% para 3,97% na última semana. E, para 2026, a expectativa avançou de 3,61% para 3,62%. A meta de inflação para os próximos anos é a mesma que para 2024.
Já para o crescimento do PIB em 2024, a projeção do mercado subiu de 2,96% para 3% após a divulgação do PIB do segundo trimestre, que registrou expansão de 1,4%, contra os três meses anteriores, e surpreendeu positivamente o mercado financeiro.
No exterior, o mercado espera por novos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), depois de a instituição cortar suas taxas de juros em 0,5 ponto percentual na semana passada, levando-as ao patamar entre 4,75% e 5% ao ano.
Essa foi a primeira redução na taxa em quatro anos, desde março de 2020, e investidores querem mais sinalizações sobre o que o Fed deve fazer nos próximos meses.
Além disso, novos dados de inflação são esperados nos Estados Unidos.

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