Brasileiro está detido em Tóquio desde novembro do ano passado. Acusado de fraude fiscal, o ex-presidente da Nissan aguarda julgamento. Carlos Ghosn
Chaiwat Subprasom/Reuters
Os advogados de Carlos Ghosn anunciaram nesta quinta-feira (28) que apresentaram um novo pedido de habeas corpus sob fiança para o ex-presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi.
Ghosn, de 64 anos, está detido em Tóquio desde 19 de novembro por suspeita de fraude fiscal. Este é o terceiro pedido de liberdade do brasileiro, e o primeiro desde que ele mudou sua equipe de defesa. Prisão de Carlos Ghosn: o que se sabe até agora
Motonari Otsuru, um ex-promotor japonês que era advogado de Ghosn, deixou de defender o empresário que o considerava muito passivo. Ghosn decidiu contratar veteranos dos tribunais, incluindo Junichiro Hironaka, que é conhecido por sua experiência. “Os promotores o mantém preso porque ele não confessa. Eu gostaria que as pessoas se perguntassem se isso é apropriado do ponto de vista das normas internacionais”, criticou o advogado na semana passada.
Por sua parte, o juiz alegou, para justificar a não liberação, os perigos de fuga e alteração de provas. Ghosn é acusado de três crimes de quebra de confiança e dissimulação de renda entre 2010 e 2018, delitos que ele nega.
Saiba quem é e qual a trajetória de Carlos Ghosn
Fernanda Garrafiel, Roberta Jaworski e Juliane Souza/G1
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