Brasil cria 136,1 mil empregos formais em março, com queda frente ao mesmo mês de 2021

Brasil cria 136,1 mil empregos formais em março, com queda frente ao mesmo mês de 2021

O Brasil gerou 136,1 mil empregos com carteira assinada em março deste ano, informou nesta quinta-feira (28) o Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

Os dados, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que houve uma queda na comparação com março de 2021 — quando foram criados 153,4 mil empregos formais.

Ao todo, no mês passado, o país registrou:

  • 1.953.071 contratações;
  • 1.816.882 demissões.

Essa é a menor geração de empregos com carteira assinada deste ano. Segundo números oficiais, foram abertas 149,5 mil vagas em janeiro e 329,4 mil em fevereiro.

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia no início do ano passado.

Primeiro bimestre

Ainda de acordo com o Ministério do Trabalho, foram criadas 615,2 mil de vagas no acumulado do primeiro trimestre deste ano.

No mesmo período ano passado, havia sido abertos 805,1 mil empregos com carteira assinada. Com isso, a geração de empregos na economia desacelerou nos três primeiros meses de 2022.

Ao final de março de 2022, o Brasil tinha saldo de 41,29 milhões de empregos com carteira assinada.

Isso representa aumento na comparação com fevereiro deste ano (41,15 milhões de empregos) e, também, com março de 2021, quando o saldo estava em 38,7 milhões.

Os números do Caged de março de 2022 mostram que foram criados empregos formais em quatro dos cinco setores da economia. Houve demissões na agropecuária. Veja no gráfico abaixo:

Abertura de vagas por setor da economia
Março de 2022
Fonte: Caged

Regiões do país

Os dados também revelam que foram abertas vagas em quatro das cinco regiões do país no mês passado. Foram registradas demissões na região Nordeste. Veja abaixo:

Emprego por região
Dados de março
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.872,07 em março deste ano, o que representa queda real, com os valores sendo corrigidos pelo INPC, de R$ 38,72 em relação a fevereiro (R$ 1.910,79).

Na comparação com março do ano passado, também recuou, pois o salário de admissão estava em R$ 2.018,60 naquele mês.

Caged x Pnad

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, isto é, não inclui os informais.

Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

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