Os gastos de brasileiros no exterior continuaram se recuperando e atingiram, em fevereiro deste ano, o valor de R$ 804 milhões, segundo números divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (27).
Trata-se do maior patamar desde fevereiro de 2020, quando somaram US$ 881 milhões, ou seja, antes da decretação da pandemia de Covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março daquele ano.
No meses seguintes, o dólar disparou, em razão do aumento de mortes e redução do comércio mundial, e os voos foram suspensos. As fronteiras internacionais começaram a ser reabertas mais para o fim de 2021, como no caso dos Estados Unidos.
Apesar da recuperação, os gastos de brasileiros no exterior ainda não atingiram um patamar mais expressivo, acima da marca de US$ 1 bilhão, que tradicionalmente era visto antes da pandemia da Covid.
Nível de atividade e dólar
Além da pandemia, as despesas de brasileiros lá fora também são influenciadas por outros fatores, como o nível de atividade e o preço do dólar, usado nas transações internacionais. Isso porque as passagens e as despesas com hotéis, por exemplo, são cotadas em moeda estrangeira.
Quando o Produto Interno Bruto (PIB) não tem bom desempenho, há menos renda para viagens, quer seja no Brasil ou fora do país. Após crescer 4,6% no ano passado, a expectativa do mercado financeiro é uma expansão bem menor, de 0,65%, em 2022.