Economia da zona do euro desacelera e PIB tem alta de 0,2% no 1º trimestre; inflação atinge recorde

Economia da zona do euro desacelera e PIB tem alta de 0,2% no 1º trimestre; inflação atinge recorde

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na zona do euro desacelerou para 0,2% no primeiro trimestre de 2022 , anunciou a agência europeia de estatísticas Eurostat nesta sexta-feira (29).

De outubro a dezembro de 2021, o crescimento havia sido de 0,3% para os 19 países que compartilham a moeda única europeia.

Para a União Europeia como um todo, o PIB cresceu 0,4% no primeiro trimestre deste ano, após registrar 0,5% nos últimos três meses de 2021, segundo o Eurostat.

Considerando-se os últimos 12 meses, com três trimestres consecutivos em território positivo, o aumento do PIB na eurozona é de 5% e, no conjunto da UE, 5,2%, em relação ao primeiro trimestre de 2021.

Entre as principais economias da zona do euro, Espanha e Alemanha tiveram crescimento de 0,3% e 0,2%, respetivamente, nos três primeiros meses do ano.

Enquanto isso, a França experimentou uma estagnação (0,0%), e a Itália, um leve retrocesso (-0,2%).

Portugal, com um crescimento sólido de 2,6%, e a República Tcheca, com um aumento do PIB de 2,5%, aparecem como os melhores desempenhos no primeiro trimestre do ano.

Inflação recorde

A inflação na zona do euro atingiu um novo recorde este mês. O índice no bloco monetário de 19 países subiu para 7,5% em abril, ante 7,4% em março, em linha com as expectativas, impulsionada por um aumento persistente nos preços de energia e alimentos, mostraram dados da Eurostat.

Embora os custos voláteis de energia tenham tido a maior contribuição, a taxa de inflação de energia na verdade diminuiu em relação a março, enquanto o crescimento dos preços de alimentos, serviços e bens industriais não energéticos acelerou ainda mais, sugerindo que a inflação está se tornando cada vez mais ampla.

Os preços subjacentes, que filtram os preços voláteis de energia e alimentos, também aumentaram, elevando as preocupações do BCE de que a inflação alta pode ser difícil de vencer e que uma luta de quase uma década com o crescimento ultrabaixo dos preços acabou.

A inflação excluindo os preços de alimentos e combustíveis, observada de perto pelo BCE, subiu de 3,2% para 3,9%, enquanto uma medida mais restrita, que também exclui produtos de álcool e tabaco, saltou de 2,9% para 3,5%. Ambos os números ficaram bem acima das expectativas.

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