Após queda nas vendas de iPhone, Apple planeja reduzir preços fora dos EUA

Após queda nas vendas de iPhone, Apple planeja reduzir preços fora dos EUA


Último trimestre de 2018 apontou queda de 15% nas vendas do smartphone, o principal produto da empresa. Vendas de iPhone caem e impactam faturamento da Apple. Empresa afirma que irá reduzir preços dos aparelhos fora dos Estados Unidos.
Thomas Peter/Reuters
A Apple anunciou que planeja reduzir o preço de alguns modelos de iPhone, fora dos Estados Unidos, para miminizar o impacto da valorização do dólar sobre moedas locais. A empresa afirmou que ainda não está definido em quais mercados isso acontecerá e se o Brasil é um deles.
O anúncio veio depois de um período de queda nas vendas do smartphone, apontado no balanço trimestral divulgado na terça-feira (29). No último trimestre do ano passado, a Apple vendeu 15% menos aparelhos do que no ano anterior. É a primeira queda no faturamento da empresa no quarto trimestre desde 2000 — um período importante por conta das vendas de final de ano.
A empresa já havia anunciado uma redução na expectativa de faturamento no quarto período de 2018, um anúncio que impactou o mercado no começo do ano, levando as ações à maior queda diária em 5 anos. O faturamento do trimestre foi de US$ 84,3 bilhões, queda 5% em relação ao mesmo período em 2017. A Apple apenas reduziu o preço do aparelho uma vez antes, pouco depois de seu lançamento, em 2007. Agora, a redução vem no intuito de ajudar também a conter o aumento de preços em mercados emergentes, como China e Turquia, onde as vendas também sofrem com a desvalorização cambial em relação ao dólar. “Decidimos fazer os preços do iPhone voltarem a ser o que eram um ano atrás na expectativa de ajudar as vendas nestas regiões”, disse Tim Cook, presidente da Apple.
A companhia vende o iPhone XS, lançado em setembro, por US$ 999, o mesmo preço em dólares do predecessor, o iPhone X, de 2017.
O setor de serviços, que alguns analistas estimam ser uma nascente fonte de renda para a Apple, teve mais um trimestre de sucesso. No balanço divulgado na terça-feira, o setor de serviços da empresa — que inclui Apple Music, Apple Pay e serviços em nuvem, por exemplo — teve alta de 19% e vendas de US$ 10,9 bilhões, um recorde para o segmento.
Problemas na China
Cook também afirmou na conferência com analistas que vê condições macroeconômicas “mais severas” na China, um dos mercados mais importantes para a empresa.
Por lá, as vendas recuaram fortemente. Foram de US$ 17,95 bilhões em 2017 para US$ 13,17 em 2018, uma queda 27,7%.
Além do preço, a Apple tem enfrentado concorrência de marcas chinesas como Xiaomi e Huawei, que inclusive tomou o posto de segunda maior vendedora global de smartphones da americana em julho de 2018.

bratings01

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