Correios anunciam novo reajuste nas tarifas postais

Correios anunciam novo reajuste nas tarifas postais


A correção média autorizada para este ano é de 0,3893% para serviços nacionais e internacionais. Agência dos Correios na Rua Tabapuã, Itaim Bibi, Zona Sul de SP
Marcelo Brandt/G1
Os Correios vão reajustar as tarifas dos serviços postais prestados em regime de exclusividade. A correção média autorizada para este ano é de 0,3893% para serviços nacionais e internacionais.
O primeiro porte da carta comercial não terá reajuste, permanecendo em R$ 1,95, assim como da carta não comercial e cartão postal, que continuam em R$ 1,30. No caso de telegrama nacional redigido pela internet, a nova tarifa é de R$ 8,19 por página – antes, a tarifa vigente era de R$ 8,15. O telegrama fonado passou de R$ 9,84 para R$ 9,87, e na agência, de R$ 11,81 para R$ 11,85.
As novas tarifas não se aplicam ao segmento de encomendas (PAC e Sedex) e marketing direto, de acordo com a estatal.
A portaria com o reajuste foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – veja as tabelas completas.
O reajuste considerou o IPCA acumulado de outubro a dezembro de 2018, segundo o ministério.
O último reajuste para esses serviços foi anunciado em novembro do ano passado.
Nesta semana, os Correios lançaram uma ferramenta que traz produtos importados dos EUA para o Brasil.
Em agosto do ano passado, os Correios começaram a cobrar R$ 15 de todas as encomendas internacionais que chegarem ao país pela empresa. Esse despacho postal só era cobrado de objetos tributados pela Receita Federal, mas, segundo a estatal, o aumento das importações a obrigou a cobrar de todas as encomendas para manter “o padrão do serviço”.
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Crise financeira
Os Correios têm enfrentado a mais grave crise financeira de sua história e têm realizado uma série de medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos.
O reajuste de tarifas postais vem como reforço no caixa. Em 2017, a estatal afirmou que havia um represamento das tarifas em anos anteriores, quando não houve repasse integral da inflação.
A empresa acumulou dois rombos de R$ 4 bilhões nos anos de 2015 e 2016. A estatal já abriu Plano de Demissão Voluntária (PDV), fez cortes de funções e cargos comissionados e tem fechado gradualmente agências pelo país.
Em janeiro, a estatal informou que estuda lançar mais dois PDVs e anunciou a implantação de unidades compactas dentro de estabelecimentos comerciais. Questionada se esse modelo poderia causar o fechamento de unidades próprias maiores, a empresa respondeu que “não exatamente”. Em outubro do ano passado, a estatal anunciou o fechamento de 41 agências em várias partes do país, como “parte de um “processo de remodelagem da rede de atendimento, por meio da otimização e realocação dos recursos existentes”.
Em agosto do ano passado, reportagem do G1 constatou a falta de embalagens em agências de São Paulo.
Em março de 2018, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) autorizou os Correios a cobrar dos funcionários mensalidades do plano de saúde. O valor da mensalidade depende da renda do trabalhador. A decisão vale até julho deste ano. Pode ainda ser cobrada coparticipação para consultas e exames, limitada a dois salários para funcionários da ativa e de três salários para aposentados.

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