Dólar fecha em alta nesta segunda, de olho na reforma da Previdência

Dólar fecha em alta nesta segunda, de olho na reforma da Previdência


Moeda norte-americana subiu 0,79%, a R$ 3,7318. Dólar
Reprodução/TV Globo
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (18), à espera do anúncio da proposta da reforma da Previdência pelo governo, e com investidores monitorando a crise política envolvendo o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.
A moeda norte-americana subiu 0,79%, vendida a R$ 3,7318. Veja mais cotações. No mês, o dólar já avançou 2,02%. Em 2019, no entanto, acumula queda de 3,68%
Com os mercados norte-americanos fechados pelo feriado do Dia do Presidente, a liquidez foi reduzida domesticamente.
O mercado monitorou nesta segunda-feira possível desfecho para a crise política no governo, que tem ao centro Gustavo Bebianno, um dos principais articuladores da campanha presidencial de Jair Bolsonaro, após denúncias de um esquema de candidaturas laranjas dentro do PSL.
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Há preocupação de que a demora em solucionar a situação do ministro possa ter impacto negativo sobre a tramitação da reforma da Previdência, que deve ser enviada ao Congresso na quarta-feira. “Existe uma preocupação justamente pelo governo estar enviando essa semana a Previdência, pode ser que alguns deputados queiram alguns esclarecimentos dependendo da declaração dele (Bebianno), pode ser que alguns fiquem com pé atrás com o governo”, afirmou à Reuters o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante, acrescentando que há uma cautela no mercado mais ligada à velocidade de aprovação do que à aprovação propriamente.
Participantes do mercado acompanharam também articulações do governo para formar uma base sólida que garanta aprovação da Previdência. No entanto, começa a surgir certa resistência entre parlamentares após o governo detalhar que submeterá ao Congresso um texto duro em termos fiscais. “Não haverá ‘vida fácil’ para o governo, embora a propositura seja fundamental para o país e meritória em seus propósitos, mas a sua aprovação final, neste momento, agravado pelo fato de ainda ser desconhecida, certamente demandará muito mais tempo do que a urgência que o país requer”, afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, em nota.
Bolsonaro levará pessoalmente ao Congresso proposta de reforma da Previdência
Cena externa
China e Estados Unidos terão mais uma rodada de negociações nesta semana, desta vez em Washington, e, após progressos e consenso na semana passada, há expectativa de que as duas maiores economias globais cheguem a um acordo que encerre a guerra comercial.
Na sexta-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que poderá prorrogar o prazo de 1º de março para que os países selem acordo. Está previsto um aumento das tarifas dos EUA sobre produtos chineses se nenhum acordo for alcançado até a data.
Também está no radar do mercado a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira.
O BC vendeu 10,33 mil swaps cambiais tradicionais, equivalente à venda futura de dólares. Assim rolou US$ 6,198 bilhões dos US$ 9,811 bilhões que vencem em março.

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