Bovespa ‘vira’ no final do pregão e fecha em alta

Bovespa ‘vira’ no final do pregão e fecha em alta


Ibovespa fechou em alta de 0,4%, a 96.932 pontos. Bovespa
Nelson Almeira/AFP
Após operar em queda durante a maior parte do dia, o principal indicador da bolsa paulista, a B3, ganhou fôlego no final do pregão desta quinta-feira (21). A bolsa fechou em leve alta, com agentes financeiros ainda repercutindo a proposta da reforma da Previdência e especulando sobre a tramitação do texto no Congresso Nacional, tendo no radar bateria de resultados corporativos.
O Ibovespa fechou em alta de 0,4%, a 96.932 pontos. Veja mais cotações. As ações da Vale recuaram, tendo no radar a determinação de suspensão imediata das atividades dos complexos de Fábrica e de Vargem Grande, em Minas Gerais, bem como acordo para acelerar pagamentos emergenciais a pessoas afetadas pelo rompimento de uma de suas barragens de rejeitos em Brumadinho (MG), no mês passado.
Petrobras encerrou em alta, apesar da fraqueza dos preços do petróleo no exterior. Bradesco e Itaú Unibanco tiveram valorização. Via Varejo foi destaque de queda – a desvalorização passou de 9%, após balanço apontar prejuízo em 2018. A CSN subiu forte, após salto no lucro no quarto trimestre, para R$ 1,77 bilhão, beneficiado por uma combinação de créditos fiscais extraordinários, aumento dos preços do aço e efeito cambial. Reforma da previdência “Com a proposta abrangente em mãos, o foco do mercado se volta para o calendário da aprovação, assim como o tamanho da diluição potencial”, destacou a XP Investimentos, em nota distribuída a clientes, destaca a Reuters.
A equipe chefiada por Karel Luketic avalia que o principal entrave é a desarticulação política do governo até o momento. Os analistas têm como cenário base a aprovação na Câmara no final do primeiro semestre e no Senado potencialmente em outubro. Na véspera, o governo entregou ao Congresso proposta de reforma da Previdência, que, entre outras mudanças, prevê equalizar a idade mínima de aposentadoria no serviço público e privado.
Entenda a proposta ponto a ponto
A reforma da Previdência é considerada prioridade pela equipe econômica do governo para tentar reequilibrar as contas públicas nos próximos anos. O mercado financeiro também avalia, de maneira geral, que as mudanças no sistema de aposentadorias e pensões é essencial para a retomada do crescimento econômico robusto.
A ideia do governo, ao reformar a Previdência, é aumentar as receitas, mas também cortar despesas – via limitação de benefícios. Com as medidas propostas, o governo quer economizar R$ 1,16 trilhão em 10 anos. “Isso traria um salto de credibilidade e impactaria muito o governo. Com confiança, entraria ainda mais capital externo, os empresários investiriam e contratariam mais. Tudo isso aceleraria a economia e aumentaria a arrecadação de impostos”, disse Bergallo.
O valor estimado de economia para as contas públicas representa cerca de 1/3 do déficit somente do INSS (sistema público que atende aos trabalhadores do setor privado) previsto para o período, que deve somar R$ 3,1 trilhões no mesmo período. Ainda falta incluir nesse cálculo o rombo dos servidores públicos e militares, não detalhado pelo governo.
No dia anterior, o Ibovespa caiu 1,14%, aos 96.544 pontos.

bratings01

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