Desemprego é o maior em 7 anos em 13 capitais do país, diz IBGE

Desemprego é o maior em 7 anos em 13 capitais do país, diz IBGE


19 capitais tiveram índice de desemprego maior que a média nacional de 12,3% no ano passado; Florianópolis foi a capital com menor taxa de desemprego em 2018. Desempregados buscam emprego no Recife
Reprodução/TV Globo
A taxa média de desocupação em 2018 foi a maior dos últimos sete anos em 13 capitais do país. Dezenove capitais tiveram índice de desemprego maior que a média nacional de 12,3% no ano passado. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22).
Taxa média de desocupação anual nas capitais em 2018: Porto Velho (RO): 13,7% Rio Branco (AC): 13,9% Manaus (AM): 18,1% Boa Vista (RR): 12,4% Belém (PA): 13,4% Macapá (AP): 18,2% Palmas (TO): 13,7% São Luís (MA): 16,4% Teresina (PI): 13,6% Fortaleza (CE): 10,8% Natal (RN): 13,5% João Pessoa (PB): 11,9% Recife (PE): 16,3% Maceió (AL): 16,7% Aracaju (SE): 16,4% Salvador (BA): 16,1% Belo Horizonte (MG): 12,5% Vitória (ES): 12,5% Rio de Janeiro (RJ): 12,6% São Paulo (SP): 14,2% Curitiba (PR): 9,4% Florianópolis (SC): 6,5% Porto Alegre (RS): 9,5% Campo Grande (MS): 6,6% Cuiabá (MT): 10% Goiânia (GO): 7% Brasília (DF): 12,7% Florianópolis, Campo Grande e Goiânia foram as capitais com a menor taxa de desemprego apurada em 2018. Macapá, Manaus e Maceió foram as com o maior índice de desocupação.
Capitais que tiveram recorde de desemprego em 2018: Porto Velho (RO) Boa Vista (RR) Belém (PA) Macapá (AP) Teresina (PI) João Pessoa (PB) Recife (PE) Maceió (AL) Aracaju (SE) Vitória (ES) Rio de Janeiro (RJ) São Paulo (SP) Porto Alegre (RS)
Apesar de ser a segunda capital com maior índice de desemprego, Manaus não está entre as capitais com recorde em 2018 porque a taxa caiu de 20,2% em 2017 para 18,1% em 2018. Já Salvador foi a capital com maior crescimento na taxa, de 14,9% pra 16,1%. No entanto, o recorde da capital baiana foi em 2016, com 17,1%.
A taxa de desocupação média em 2018 caiu em 18 das 27 unidades da Federação:
Mato Grosso
Tocantins Minas Gerais
Ceará
Goiás Mato Grosso do Sul Rio Grande do Sul Santa Catarina Paraná
São Paulo
Espírito Santo
Pernambuco
Paraíba
Rio Grande do Norte
Piauí Pará
Amazonas Acre As maiores taxas médias anuais foram no Amapá (20,2%), Alagoas (17,0%) Pernambuco (16,7%) e Sergipe (16,6%). As menores taxas foram em Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Mato Grosso (7,9%).
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em dezembro do ano passado, atingindo 12,2 milhões de brasileiros. A taxa representa uma estabilidade frente ao trimestre encerrado em novembro e um recuo de 0,3 ponto percentual em relação ao 3º trimestre (11,9%). No ano de 2018, a taxa média de desocupação foi de 12,3%, ante 12,7% em 2017.
Nº de contribuintes da Previdência subiu em 2018 após dois anos de queda
O Sudeste foi a região com maior proporção de capitais com recorde de desemprego em 2018, com destaque para Vitória, Rio de Janeiro e São Paulo.
Metade das capitais do Norte e dois terços das do Nordeste estão nessa situação. Apenas no Centro-Oeste nenhuma capital apresentou alta na taxa de desocupação, segundo o IBGE. Também houve aumentos no desemprego em oito regiões metropolitanas. “Percebe-se que o problema é mais forte nos grandes centros urbanos, acompanhando as maiores concentrações da população. É um desemprego metropolitano, bem maior do que no interior do país”, comenta o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Mesmo nos estados em que a desocupação caiu entre 2017 e 2018, a situação não melhorou no longo prazo. “Observamos que nenhuma capital ou região metropolitana teve redução na desocupação entre 2014 e 2018. Ao contrário, há aumentos bastante expressivos no período”, explica.
Por regiões, Nordeste (14,9%) e Sudeste (12,9%) tiveram taxa de desocupação maior que a nacional de 12,3%. Norte (12%), Centro-Oeste (9,4%) e Sul (8%) tiveram índices abaixo da média nacional.
Carteira assinada
O número de trabalhadores ocupados com carteira de trabalho assinada foi o menor em 7 anos no Nordeste, Sudeste e Sul. No Sudeste, o menor contingente de trabalhadores formais foi registrado em 2017, enquanto no Centro-Oeste havia sido em 2012.
Entre os estados, foi o menor número de carteira assinada em 13 das 27 unidades da Federação em 7 anos:
Roraima
Maranhão
Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Alagoas
Sergipe
Bahia
Rio de Janeiro
São Paulo
Paraná
Rio Grande do Sul
Goiás
Segundo o pesquisador, a carteira de trabalho teve queda em todos os estados entre 2017 e 2018. Desde 2014, as quedas são ainda mais expressivas. “Isso revela a qualidade do emprego sendo gerado nos últimos anos. Com a redução da carteira de trabalho e o aumento da informalidade, a contribuição para a Previdência também cai, o que cria problemas mais à frente”, alerta.
Em 2018, eram 11,2 milhões de pessoas sem carteira, ou 25,4% do total. Frente a 2017, houve aumento de 4,5% (482 mil pessoas). Entre as UFs, as maiores proporções foram no Mato Grosso (54%), Goiás (52,8%) e Maranhão (49,2%), e as menores foram em Santa Catarina (12%), Rio Grande do Sul (17,6%) e São Paulo (18,6%).
Número de pessoas ocupadas sobe
Segundo o IBGE havia 91,8 milhões de pessoas ocupadas em 2018 – em 2017, eram 90.647. Sudeste era a região com maior número de pessoas trabalhando:
Norte 7.206
Nordeste 21.290
Sudeste 41.150
Sul 14.548
Centro-Oeste 7.667 Entre os estados, os maiores contingentes estavam em São Paulo (21.908) e Minas Gerais (10.046). Já os menores estavam Roraima (196) e Amapá (295).
Estados que registraram menor contingente de pessoas ocupadas em 2018: Amapá
Maranhão
Alagoas
Sergipe
Bahia Rio Grande do Sul
Por conta própria
Entre os 91,8 milhões de pessoas ocupadas em 2018, 25,4% (23,3 milhões de pessoas) trabalhavam por conta própria. Entre as UFs, os maiores percentuais foram no Pará (34,8%), Maranhão (33,4%) e Amazonas (33,0%), enquanto os menores ficaram com o Distrito Federal (18,9%), São Paulo (21,4%) e Santa Catarina (22,2%).
Em números absolutos, São Paulo teve o maior número: 4.697, seguido de Minas (2.357) e Rio de Janeiro (2.006). Sudeste tinha 9.524 trabalhadores por conta própria, seguido do Nordeste (6.172).
Cresce desalento
O percentual de pessoas que estão desempregadas e desistiram de procurar emprego, as chamadas desalentadas, cresceu 12,3% em relação a 2017.
Entre as unidades da Federação, Alagoas (16,4%) e Maranhão (15,7%) tinham as maiores taxas de desalento e Rio de Janeiro (1,1%) e Santa Catarina (0,8%), as menores.
Já a média anual foi de 4,73 milhões de pessoas, 13,4% maior que 2017 (4,17 milhões). Os maiores contingentes estavam na Bahia (820 mil pessoas) e no Maranhão (492 mil). Os menores eram em Roraima e no Amapá, com 12 e 13 mil pessoas, respectivamente.
Destaques do 4º trimestre
Em relação ao 3º trimestre, no último trimestre de 2018 a taxa de desemprego caiu apenas em 6 das 27 unidades da Federação. As quedas ocorreram em Sergipe, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. As maiores taxas de desocupação foram no Amapá (19,6%), Bahia (17,4%), e Alagoas (15,9%). As menores foram em Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso (6,9%) e Mato Grosso do Sul (7,0%). A população ocupada, estimada em 93 milhões de pessoas, era composta por 67,1% de empregados (incluindo empregados domésticos), 4,9% de empregadores, 25,6% de pessoas que trabalharam por conta própria e 2,3% de trabalhadores familiares auxiliares.
O contingente de desalentados foi de 4,7 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade, estável em relação ao 3º trimestre (4,78 milhões). Houve aumento de 8,1% frente ao 4º trimestre de 2017, 4,35 milhões). Os maiores contingentes estavam na Bahia (804 mil pessoas) e no Maranhão (512 mil) e os menores em Roraima e no Amapá, com 10 e 11 mil pessoas, respectivamente.
O número de empregados no setor privado sem carteira assinada cresceu 0,3% em relação ao trimestre anterior, um incremento de 31 mil pessoas. Frente ao 4º trimestre de 2017, o aumento foi de 3,8% (427 mil pessoas). Entre as UFs, as maiores proporções foram no Maranhão (49,4%), Piauí (47,8%) e Pará (46,4%), e as menores foram em Santa Catarina (13,2%), Rio Grande do Sul (18,0%) e São Paulo (19,7%). No 4º trimestre, 74,1% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, contra 75,3% no 3º trimestre, ou seja, queda de 327 mil pessoas registradas. Nordeste (59,9%) e Norte (61,9%) tinham os menores percentuais e Sul (82,9%), o maior. Entre os trabalhadores domésticos, 28,4% tinham carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre do ano anterior, a proporção era de 29,5%.
As mulheres eram maioria tanto na população em idade de trabalhar no Brasil (52,4%), quanto em todas as regiões. Porém, entre as pessoas ocupadas, predominavam os homens no Brasil (56,1%) e em todas as regiões, sobretudo na Norte, onde os homens representavam (60,2%). Já na população desocupada, as mulheres eram maioria (52,1%). Enquanto no 1º trimestre de 2012, os pardos representavam 48,9% do contingente dos desocupados no Brasil, ou 7,6 milhões de pessoas, seguidos dos brancos (40,2%) e dos pretos (10,2%), no 4º trimestre de 2018, a participação passou a ser de 51,7% (12,2 milhões de pessoas), a dos brancos reduziu para 34,6%, e dos pretos subiu para 12,9%.
A taxa de desocupação dos que se declararam brancos (9,2%) ficou abaixo da média nacional (11,6%). Porém, a dos pretos (14,5%) e a dos pardos (13,3%) ficaram acima.

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