Maia diz que governo deve ‘mandar o mais rápido possível’ proposta de reforma da Previdência de militares

Maia diz que governo deve ‘mandar o mais rápido possível’ proposta de reforma da Previdência de militares


Em evento em SP, presidente da Câmara dos Deputados disse que comunicação pelas redes sociais é essencial para que a população esclareça dúvidas sobre a reforma. Maia em evento promovido pela ‘Folha de S.Paulo’ e a FGV
Marina Pinhoni/G1
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse nesta segunda-feira (25) em evento em São Paulo que o governo precisa enviar o quanto antes a proposta de reforma da Previdência dos militares.
Reforma da Previdência: entenda a proposta ponto a ponto
Em debate promovido pelo jornal “Folha de S.Paulo” e Fundação Getúlio Vargas (FGV), o deputado afirmou que a nova proposta para a reforma da Previdência apresentada pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) passará pelas duas votações na Câmara até junho. “Avisei o governo que vai ser muito difícil tramitar a PEC sem o envio do projeto dos militares. Já me comprometi com o governo que só voto os militares no dia seguinte que terminar de votar a emenda constitucional”, afirmou. “[O governo] tem que mandar o mais rápido possível porque há uma compreensão no Parlamento de que todos os setores da sociedade precisam estar incluídos na reforma.”
Maia também afirmou que a comunicação por meio de redes sociais é essencial para que a população esclareça dúvidas e que as redes sociais podem ser usadas nesse sentido, inclusive por grupos de WhatsApp. “Dos que são contra, [os grupos] já estão sendo fortemente usados. Dos que são a favor, agora tem que acontecer também”, disse.
Resistência
Segundo Maia, alguns pontos podem ter maior resistência política para a aprovação como a questão da aposentadoria rural, o aumento da contribuição de 15 para 20 anos e as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Esse aumento do tempo de contribuição tem que ser discutido porque tem um impacto grande na base da sociedade. Se 70% já não consegue se aposentar pelo tempo de contribuição, se você ampliar muito rápido de 15 anos para 20 pode ser uma decisão que prejudica mais do que ajuda, mas vamos fazer o debate”, afirmou.
Segundo Maia, uma consultoria do governo na Câmara constatou que a mudança no BPC não traria impacto fiscal tão relevante. Para o deputado, o desgaste político nesse ponto poderia, portanto, ser evitado. “O importante é que a gente faça o debate e que mantenha aquilo que tiver apoio majoritário e retire o que, do ponto de vista fiscal, não está ajudando, mas do ponto de vista político está contaminando”, disse Maia.
Peça chave na articulação da reforma, o presidente da Câmara voltou a defender a importância da aprovação da proposta para o equilíbrio das contas públicas. “Ou a gente tem coragem de enfrentar os problemas estruturais do Brasil ou nós vamos levar o Brasil para o colapso. A Previdência é esse debate”, disse.
Proposta da reforma da Previdência: idade mínima e tempo de contribuição
Juliane Monteiro e Rodrigo Cunha/G1

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