Embora a curva de juros brasileira tenha passado por uma retirada consistente de prêmios de risco nos últimos dias, as taxas de longo prazo se mantêm em níveis bastante elevados e até maiores do que os observados no início de março. O movimento no Brasil, inclusive, destoa de outros mercados emergentes, onde também os juros longos caíram desde o início da crise, mostra levantamento do J.P. Morgan. A desconfiança quanto à trajetória da dívida pública é o principal fator a explicar esse movimento e, mesmo com o fluxo de capital estrangeiro para emergentes, analistas ainda apontam que a questão fiscal deve ser determinante para o comportamento dos juros.