Juros futuros fecham perto da estabilidade no primeiro pregão de 2021

Juros futuros fecham perto da estabilidade no primeiro pregão de 2021


A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 caiu de 2,87% no ajuste anterior para 2,845% e a do DI para janeiro de 2023 passou de 4,20% para 4,195% Os juros futuros encerraram os negócios desta segunda-feira (4) perto da estabilidade, sem oscilações relevantes ao longo da estrutura a termo da curva. Embora o mau humor externo tenha pesado sobre os outros ativos brasileiros, as taxas se mantiveram comportadas durante a tarde de hoje, em um dia de liquidez bastante reduzida, no momento em que os agentes se mantêm atentos a questões internas, com o futuro da agenda legislativa brasileira e o andamento da agenda de reformas no centro das atenções dos agentes financeiros. Assim, no fim da sessão regular, às 16h, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 caiu de 2,87% no ajuste anterior para 2,845% e a do DI para janeiro de 2023 passou de 4,20% para 4,195%. Já a taxa do contrato para janeiro de 2025 subiu de 5,65% para 5,66% e a do DI para janeiro de 2027 recuou de 6,42% para 6,41%.
O primeiro pregão de 2021 também foi marcado pela baixa liquidez no mercado de juros. O giro de contratos de DI ficou bem abaixo da média do mês de dezembro. Somente no vencimento de janeiro de 2022, o giro não chegou nem à metade da média do mês passado, de 507 mil contratos. Além disso, o volume financeiro também foi bastante acanhado neste início de ano.
Os contratos de DI foram os menos afetados pela virada de humor em Wall Street, que deixou o dólar em alta firme e voltou a afastar o Ibovespa dos 120 mil pontos. Embora os fatores externos tenham tido peso relevante para a dinâmica dos juros futuros no fim do ano passado, os agentes se mantêm atentos a questões internas e que estão especialmente ligadas à trajetória fiscal a ser desenhada no Brasil.
“O recesso parlamentar diminuirá os ruídos políticos nas próximas semanas, mas uma maior visibilidade sobre a consolidação fiscal dependerá do rebalanceamento de forças após a mudança das mesas diretoras do Poder Legislativo”, apontam os gestores da Occam, em carta referente a dezembro. Divulgado na tarde desta segunda, o documento revela, ainda, que a gestora zerou posições tomadas [aposta na alta das taxas] em juros e compradas em inflação implícita no Brasil.
“Apesar de não observarmos nenhuma sinalização na direção da necessária consolidação fiscal, também não seguimos no caminho de deterioração adicional. Isso já foi suficiente para, aliado ao ambiente externo extremamente positivo, gerar uma significativa apreciação dos ativos locais com uma queda expressiva na curva de juros local”, apontam os profissionais da Occam. A gestora manteve posições compradas em inflação implícita nos Estados Unidos.

bratings01

Os comentários estão fechados.

Proudly powered by WordPress | Theme: Content by SpiceThemes