PGR denuncia Chinaglia, Cunha e Marcelo Odebrecht por corrupção e lavagem de dinheiro

PGR denuncia Chinaglia, Cunha e Marcelo Odebrecht por corrupção e lavagem de dinheiro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia contra o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) e outras 15 pessoas investigadas pela Operação Lava-Jato, entre elas o empresário Marcelo Odebrecht.

O grupo é acusado de praticar os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro entre 2008 e 2014. O inquérito, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), foi aberto com base na delação de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

A peça é assinada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo. O relator do inquérito no STF é o ministro Edson Fachin.

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Arlindo Chinaglia — Foto: Câmara dos Deputados

Arlindo Chinaglia — Foto: Câmara dos Deputados

Segundo a denúncia, o grupo Odebrecht pagava vantagens indevidas aos parlamentares em troca de apoio para pautas de interesse da empresa no Congresso.

A PGR acusa Chinaglia de pedir propina a Marcelo Odebrecht, no valor total de R$ 10 milhões, por meio de Cunha. O pagamento teria como contrapartida a atuação em benefício da empreiteira em projetos hidrelétricos do rio Madeira, em Rondônia.

Segundo a denúncia, o petista recebeu pelo acordo R$ 8,7 milhões, divididos em 36 pagamentos.

Para a PGR, os denunciados, “de forma livre e consciente, em comunhão de desígnios, ocultaram e dissimularam a origem, a natureza, disposição, movimentação e a propriedade, bem como ocultaram e dissimularam a utilização dos valores provenientes de infração penal, por meio da conversão em ativos lícitos do montante total”.

Em relação a Marcelo Odebrecht, devido ao acordo que tem com a Lava-Jato, o mais provável é que o processo seja suspenso, como já aconteceu em outras denúncias.

Procurado, o advogado do empresário, Eduardo Sanz, diz que ainda não teve acesso à denúncia. “No entanto, Marcelo como colaborador da Justiça irá prestar todos os esclarecimentos nos autos, sempre reafirmando seu compromisso como acordado”, disse.

O Valor procurou Chinaglia e a defesa de Cunha, mas não obteve resposta.

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