Brasil pode vacinar até 2,4 milhões de pessoas por dia, diz Queiroga

Brasil pode vacinar até 2,4 milhões de pessoas por dia, diz Queiroga

Novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou, em audiência no Senado, que o ‘teto’ da capacidade do sistema público de saúde em aplicar vacinas é de 2,4 milhões de doses por dia.

O problema, avalia, é ainda não ter doses suficientes para tal. “Teto é 2,4 milhões de brasileiros vacinados por dia. Semana passada vacinávamos 300 mil brasileiros por dia. Agora já superamos mais de 900 mil vacinados por dia. Não é questão logística. É de disponibilidade de vacinas. O Brasil já providenciou 535 milhões de doses de vacinas, principalmente via Butantan e Fiocruz. Problema imediato é vacina nos três meses que se seguem”, apontou.

Com um discurso oposto ao do ex-ministro Eduardo Pazuello, Queiroga fez enfática defesa do uso de máscaras, de medidas para aumentar o isolamento social e estreita contribuição entre governo federal, Estados e municípios. “Se todos os brasileiros usassem máscaras, teríamos um efeito quase igual ao da vacinação. Usar máscara é uma obrigação”, afirmou. “Estamos como estamos porque as medidas foram colocadas em prática parcialmente. Adotar política de distanciamento não vai ser por lei, mas conscientização. Temos que ter política sobre transportes públicos, sobre testagem. O presidente [Bolsonaro] resolveu colocar um médico [no comando do ministério]. Função do médico é curar, quando não consegue, aliviar e quando não consegue, confortar”.

Mais cedo, em entrevista ao Valor, o ministro disse que trabalhará “para que não ocorra lockdown”.

O ministro apontou que a covid-19 já foi a principal causa de óbitos em 2020. “Em 2021 temos a esperança que é a vacina. O SUS é a resposta para esses problemas, precisamos fortalecer o SUS”. O antecessor Pazuello, também em uma audiência no Senado, chegou a dizer que sequer sabia o que era o Sistema Único de Saúde antes de assumir o cargo.

Uma preocupação demonstrada por Queiroga é com o fornecimento de suprimentos, particularmente para o kit de intubação e oferecimento de oxigênio. “Sabemos que a indústria brasileira foi muito fragilizada nos últimos tempos e é oligopolizada. Se todos os pacientes precisarem de intubação, não será fácil suprir essa demanda”.

1 de 1
Marcelo Queiroga — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Marcelo Queiroga — Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

bratings01

Os comentários estão fechados.

Proudly powered by WordPress | Theme: Content by SpiceThemes