‘O colapso já chegou. Nos deixem abrir as portas’, apelam setores de turismo e gastronomia no RS

‘O colapso já chegou. Nos deixem abrir as portas’, apelam setores de turismo e gastronomia no RS

“Não falaremos mais que estamos à beira de um colapso, pois o colapso já chegou”, adverte a “carta aberta à população assinada por dirigentes de sindicatos de hotéis de Erechim, Garibaldi, Novo Hamburgo, Osório, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre (hotéis e de Alimentação), Santa Maria, Santo Ângelo, Uruguaiana e das regiões das Hortênsias e da Uva e Vinho.

“Reiteramos: nos deem condições financeiras de trabalhar. Nos deixem trabalhar, nos deixem abrir as portas. Nos deixem abrir as portas’, apelam os dirigentes que assinam o documento. Os interlocutores apontam que o Estado vive “tempos de exceção”, o que exigiria “medidas de exceção”. 

A ampliação de operação é proposta até as 22h e sábados e domingos. Também é pedida a liberação para fluxo de turistas em espaços públicos e pontos turísticos. “Circulação controlada e com medidas sanitárias cabíveis”, garantem as entidades, que também exigiram mais fiscalização e punição a quem desrespeita as regras.

O documento cita que são mais de 25 mil empresas de alimentação e hospedagem no mercado estadual que geram mais de 220 mil empregos diretos. A renda dos postos atinge cerca de 880 mil pessoas, dimensiona da carta aberta.

“São setores que desde 2016 já amargavam uma crise econômica aliada a altos custos. Não pensem que este é mais um relato sobre dificuldades. É um manifesto em alto e bom som de indignação. E de total esgotamento do setor”, reforça a manifestação.  

Páscoa restrita e mais abertura no inverno, projeta governador 

As medidas em vigor do distanciamento controlado proíbem a operação de parques e também a permanência em praias. A manutenção das regras mais duras em um ano de pandemia se deve à continuidade de indicadores de saúde que são os piores da crise sanitária. O governador Eduardo Leite sinalizou, em live no Instagram no sábado (27), que as restrições devem se manter por mais duas a três semanas.

Ele resolveu fazer a transmissão do Palácio Piratini, onde reside, para responder a postagens falsas de que ele estaria em uma festa em Gramado. “Tô em casa e espero que todos estejam evitando aglomeração.”

“Tem dados para entrar ainda de duas semanas atrás e ainda estão num patamar mais alto”, observou Leite, sobre os indicadores, citando que as internações clínicas estão reduzindo, mas as UTIs registram grande ocupação.

“Vamos liberando as atividades se a situação crítica passar”, condicionou ele, comentando ainda que a transmissão do vírus perdeu força, com taxa perto de um (cada pessoa infectada transmite para uma pessoa). “É uma boa informação. As medidas que fizemos estão dando bons resultados”, credita o governador.

Leite citou pedidos de segmentos para a abertura nas regiões turísticas, justificando que as restrições que se estendem na Semana Santa, atingindo a venda de chocolates, servem para manter a redução mais forte de casos e menor pressão no sistema de daúde.

“A Serra queria ter mais liberdade para vender chocolate. Se quiserem aproveitar a Páscoa sem cuidado, vai comprometer o inverno que terá mais fins de semana. Essa é a responsabilidade”, tentou mostrar Leite, sinalizando os demais meses da temporada que gera a maior movimentação na região.  

“Garantir a redução agora para quando chegar o inverno, quando terá mais vacina e uma situação melhor, liberar mais atividades econômicas”, projeta o governador.

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