O cientista político Octávio Amorim Neto, professor da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ), avalia que manifestações como a do último sábado (29), contra o governo Jair Bolsonaro, tendem a se avolumar na esteira da vacinação, mas ainda têm um efeito limitado na política institucional, por não envolver ainda quadros políticos de peso. Essa configuração, disse, pode mudar com a adesão do que chamou de “generais da oposição”, lideranças como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e governadores, como João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB). Seriam personagens capazes de agregar eleitorado às passeatas e moldá-las à disputa eleitoral.