Bolsas mundiais têm sessão de baixa; petróleo tem queda após decisão da Opep+ sobre produção

Bolsas mundiais têm sessão de baixa; petróleo tem queda após decisão da Opep+ sobre produção

petróleo plataforma índices preços queda baixa óleo (Getty Images)

Os índices futuros americanos recuam nesta segunda (19) de manhã. As bolsas asiáticas e europeias também registram quedas em meio a aceleração da inflação nos Estados Unidos, avanço da variante delta, enchentes na Europa e uma nova decisão da Opep+ sobre a produção de petróleo.

Na semana passada, o S&P acumulou queda de 0,52%; o Dow de 0,97%; e o Nasdaq de 1,87%, em sua pior semana desde maio. Os índices foram impactados negativamente por temores quanto à inflação.

No início da semana, o Índice de Preço ao Consumidor indicou uma alta de 5,4% em junho, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Na sexta, o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan indicou que consumidores acreditam que os preços devem subir 4,8% no decorrer do ano. É a alta mais intensa desde agosto de 2008.

Autoridades do Fed vêm afirmando que encaram o avanço da inflação como transitório.

Por outro lado, números de vendas no varejo divulgados na sexta indicaram alta de 0,6% em junho em comparação com a expectativa de queda de 0,4%.

No mês de julho, o Nasdaq acumula queda de 0,5%; o S&P 500 sobe 0,7%; e o Dow sobe 0,5%.

Nesta semana, nove empresas componentes do Dow e 76 componentes do S&P devem divulgar seus resultados trimestrais. Isso inclui nomes como: United Airines, American Airlines, Snap, Twitter, Johnson & Johnson, Coca-Cola, IBM, Intel e Netflix, entre outros.

Nesta segunda, a Associação Nacional dos Construtores de Moradias dos Estados Unidos divulga sua pesquisa sobre o sentimento no mercado de habitação. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperam que o indicador permaneça em torno de 81. Qualquer patamar acima de 50 é considerado positivo.

No fim de semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e suas nações aliadas (Opep+), grupo que inclui a Rússia e o México, concordaram em aumentar no ano que vem os limites de produção de petróleo impostos a cinco países e a elevar sua produção em 2 milhões de barris por dia até o fim deste ano, encerrando uma disputa que agitou o mercado de petróleo nos últimos meses.

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A partir de agosto, o grupo aumentará sua produção em 400 mil barris por dia a cada mês até dezembro, até chegar ao total de 2 milhões de barris. No ano que vem, a Opep+ concordou em reavaliar o corte de 5,8 milhões de barris de produção até o fim de 2022, que havia sido planejado no ano passado.

O acordo foi alcançado depois de uma divergência desencadeada pelos Emirados Árabes Unidos, que desejavam aumentar a sua própria produção. O tema esteve no centro de um embate numa outra reunião do grupo em julho.

Nesta segunda, o barril de petróleo WTI recua mais de 2,6%, e o barril Brent cai 2,5%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 1,84%; no Japão, o Nikkei recuou 1,25%; na China continental, o Shanghai composto se manteve estável, em 3.539,12; na Coreia do Sul, o Kospi recuou 1%.

Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, tem queda de 1,2%, com destaque negativo para as ações de viagem e lazer, que recuam 2,%.

Investidores se mantêm atentos para a decisão da Opep+ em meio a sinais de inflação nos Estados Unidos. No continente europeu, a destruição causada por enchentes na Alemanha e na Bélgica pode afetar o sentimento nesta semana.

Também há preocupação com a aceleração de novos casos de Covid, impulsionados pela variante delta, que é mais transmissível. Diversos países europeus estão voltando a implementar medidas de distanciamento social. Mesmo com números elevados de casos, o Reino Unido mantém os planos de suspender nesta segunda a maior parte das restrições que continuam a vigorar no país.

Veja o desempenho dos principais indicadores às 6h40 (horário de Brasília):
Estados Unidos
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,96%
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,75%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,47%
Europa
*FTSE 100 (Reino Unido), -1,86%
*Dax (Alemanha), -1,89%
*CAC 40 (França), -0,55%
*FTSE MIB (Itália), -1,96%
Ásia
*Nikkei (Japão), -1,25% (fechado)
*Shanghai SE (China), -0,01% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -1,84% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -1% (fechado)
Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, -2,34%, a US$ 70,13 o barril
*Petróleo Brent, -2,17%, a US$ 72,01 o barril
*Bitcoin, -0,95%, a US$ 31.419,85
Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian com queda de 1,49%, cotados a 1.225 iuanes, equivalente hoje a US$ 188,87 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,49

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(com Reuters)

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