Tradicional ponto turístico de São Paulo ganha espaço cultural
Uma galeria de arte foi construída no Beco do Batman, um local queridinho dos amantes de arte urbana, na Vila Madalena, zona sul de São Paulo. O novo espaço cultural mistura diferentes criações artísticas, gastronomia e bar.
“A gente sentia que fazia falta um lugar em que você pudesse tomar um café, comer uma comida boa, e trouxemos a galeria. É um tripé. Também quisemos trazer um pouco do mundo geek”, afirma Helder Kanamaru, um dos sócios do espaço cultural, que abriu as portas em fevereiro deste ano.
Toda a arquitetura da galeria foi pensada para conversar com a dinâmica artística e cultural do entorno. De dentro, é possível enxergar e interagir com os murais externos do Beco do Batman. E de fora, o público consegue se conectar com o que está na parte de dentro.
“A ideia é que as pessoas entrem (na galeria) sem perceber. Às vezes, elas entram para tomar um café, às vezes para tirar foto com o Batman. E estão sendo abraçadas pelo universo da arte, da galeria”, diz Helder.
Cerca de 80% do faturamento do espaço vem do restaurante comandado pelo chef Filipe Baccarin
“A galeria tem tudo a ver com um ar bem cosmopolita, que você vai encontrar em Nova York, em Paris, em diversos lugares. Eu acho que a comida também tem de acompanhar essa coisa mais cosmopolita, um pouquinho da culinária de tudo quanto é canto do mundo.”, diz o chefe.
E a venda das obras também começa a ganhar destaque no faturamento.
“Para a nossa surpresa, a galeria vem aumentando o quanto ela representa do faturamento. Então, ela começou com 2%. Hoje, já está representando quase 20% do faturamento”, diz Helder.
Economia criativa
O espaço também impulsa a chamada economia criativa. Atualmente, estão lá 24 obras de pequenos artistas, como a da artista plástica Marcela Rodrigues.
“E isso é muito importante para quem trabalha com arte, porque a gente passa a ser visto por mais pessoas”, afirma a artista.
O espaço recebe uma comissão sobre cada obra vendida, negociada com os artistas. A faixa de preços dos trabalhos à venda na galeria vai de R$ 200 até R$ 50 mil.
Para 2022, a expectativa do Helder é dobrar o faturamento – atualmente de R$ 150 mil por mês. A expectativa é impactar cada vez mais pessoas com a arte brasileira.
“A cultura e a arte brasileira são muito ricas, muito valorizadas, principalmente pelos estrangeiros. Às vezes, a gente esquece um pouco disso, mas quando a gente vê que o turista estrangeiro adora e quer consumir isto, a gente fica muito satisfeito”, diz.
ZIV Gallery
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