Após reajuste, motoristas formam filas em postos de combustíveis no ES

Após reajuste, motoristas formam filas em postos de combustíveis no ES

Após reajuste, motoristas formaram filas em postos de combustíveis no ES

Após reajuste, motoristas formaram filas em postos de combustíveis no ES

Após o reajuste nos preço da gasolina e do diesel anunciado nesta quinta-feira (10), motoristas fizeram filas em postos de combustíveis em vários pontos da Grande Vitória.

Em meio à disparada dos preços do petróleo, a Petrobras reajustou nesta sexta (11) os preços de gasolina e diesel para as distribuidoras.

“Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”, informou a estatal, em comunicado.

A partir desta sexta, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.

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Após reajuste, motoristas formaram filas em postos de combustíveis na Grande Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Após reajuste, motoristas formaram filas em postos de combustíveis na Grande Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), falou sobre o assunto em uma rede social e ressaltou o congelamento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação (ICMS)

“O ES foi o primeiro a congelar ICMS dos combustíveis (16 set/21), mas os preços não param de subir. O reajuste, hoje, de 18,7 na gasolina e 24,9 no diesel mostra a necessidade de mudar a política de paridade internacional que protege os acionistas mas está prejudicando a população”, escreveu o governador.

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Para o GLP, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg.

O produto não era reajustado há 152 dias e custa atualmente no país R$ 102,64 o botijão de 13 kg, em média, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras”:: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras” , justificou a estatal, acrescentando que decidiu não repassar de imediato a volatilidade decorrente da guerra na Ucrânia.

Petrobras aumentou a gasolina em 18,8% e diesel em 24,9%

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“Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado nesse momento desafiador e de alta volatilidade”, acrescentou a Petrobras.

As ações da Petrobras subiram mais de 4% após o anúncio.

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Após reajuste, motoristas formaram filas em postos de combustíveis na Grande Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Após reajuste, motoristas formaram filas em postos de combustíveis na Grande Vitória — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Preço nas bombas

Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.

Segundo a ANP, o preço médio da gasolina no país ficou em R$ 6,577 na semana encerrada no dia 5. Já o do diesel, em R$ 5,603.

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Mudanças na política de preços

O mercado segue de olho em medidas do governo para conter a alta dos preços dos combustíveis para os consumidores. Nesta quinta, o Senado aprovou um projeto que cria auxílio-gasolina e fundo para estabilizar preços dos combustíveis.

Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.

De acordo com o sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, mesmo com o novo reajuste, a defasagem ante a paridade de importação ainda é em torno de 20% (estava em -31,6% em 07/03) no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras no Brasil e de 19% (estava em -34,1% em 07/03) no diesel.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) classificou o reajuste desta quinta-feira como “inadmissível” e “mais uma demonstração da falta de respeito do governo Bolsonaro e da gestão da Petrobras“, uma vez que foi anunciado enquanto estava em votação no Senado Federal projeto de lei para a estabilização dos preços dos combustíveis.

“Desde a adoção do Preço de Paridade de Importação (PPI), em outubro de 2016, a gasolina e o óleo diesel, na refinaria, tiveram reajuste de 157%, ante uma inflação de 31,5% no período. No gás de cozinha, a alta acumulada foi ainda maior, de 349,3%”, afirmou, em nota, a FUP.

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