Dólar opera em queda e volta a ficar abaixo de R$ 5

Dólar opera em queda e volta a ficar abaixo de R$ 5

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Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters

Notas de dólar — Foto: Gary Cameron/Reuters

O dólar opera em queda nesta sexta-feira (11), voltando a operar abaixo de R$ 5, conforme o mercado avalia o resultado da inflação de fevereiro, o aumento nos preços dos combustíveis e os novos desenvolvimentos da guerra na Ucrânia.

Às 9h18, a moeda norte-americana tinha queda de 0,40%, cotada a R$ 5,49960. Veja mais cotações.

Na quinta-feira, o dólar fechou em alta de 0,10%, a R$ 5,0160. Na parcial do mês, a queda acumulada é de 2,72%. No ano, o recuo é de 10,02% frente ao real.

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O que está acontecendo?

O impacto econômico da guerra na Ucrânia tem desestabilizado os mercados internacionais e provocado a disparada dos preços das commodities, aumentando os temores de alta da inflação global. Nesta quinta, o petróleo opera em alta, negociado acima de US$ 110.

Os preços mais altos da energia alimentam as expectativas de que o Federal Reserve dos EUA aumentará as taxas de juros em 0,25 ponto percentual em sua reunião de política na próxima semana. O Banco Central Europeu anunciou na véspera que irá o acelerar a saída de seu programa de estímulo relacionado à pandemia, preparando o caminho para um aumento das taxas de juro.

Também nesta sexta, os mercados externos reagem positivamente depois que o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que as conversas com a Ucrânia sobre a guerra no país têm sido ‘positivas.

No cenário doméstico, o IBGE divulgou mais cedo que a inflação ficou em 1,01% em fevereiro – a maior taxa para o mês desde 2015. Na véspera, a Petrobras anunciou reajuste de até 24,9% nos combustíveis, colocando ainda mais pressão para os preços domésticos.

Na cena política, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quinta-feira (10) o projeto que altera a regra de incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre combustíveis, em meios às discussões de medidas para conter a alta dos preços dos combustíveis para os consumidores.

Apesar dos temores de aumento da inflação global, moedas de países exportadores de petróleo, metais, milho e trigo, entre outras commodities têm sido beneficiadas pela escalada dos conflitos, já que temores de interrupção da oferta impulsionaram os preços desses produtos a máximas em vários anos.

Os juros em patamares elevados no Brasil e a perspectiva de novas elevações na Selic têm contribuído também para o fluxo de dólares para o país e para a valorização do real nas últimas semanas.

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