Credit Suisse anuncia pedido de empréstimo de US$ 54 bilhões do Banco Central da Suíça; ações sobem

Credit Suisse anuncia pedido de empréstimo de US$ 54 bilhões do Banco Central da Suíça; ações sobem

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Fachada do Credit Suisse, em 15 de março de 2023 — Foto: Denis Balibouse/Reuters

Fachada do Credit Suisse, em 15 de março de 2023 — Foto: Denis Balibouse/Reuters

O banco Credit Suisse pediu um empréstimo de US$ 54 bilhões (R$ 285 bi) ao Banco Central da Suíça. O anúncio foi feito na madrugada desta quinta-feira (16).

Após ver suas ações perderem 25% de seu valor em um dia, o banco central e o supervisor financeiro da Suíça já haviam anunciado ontem que o Credit Suisse cumpria as exigências de capital e liquidez e que poderia receber novos recursos.

Na manhã desta quinta-feira (16), o mercado reagiu rápido ao anúncio da ajuda. Por volta das 6h30 (horário de Brasília), os papeis do banco suíço já tinham se valorizado em 31% e eram negociados a 2,22 francos suíços.

Um dia de pânico

Na quarta-feira (15), as ações do Credit Suisse derreteram após seu maior acionista, o Banco Nacional Saudita, afirmar que não iria mais investir na instituição.

Ammar al-Khudairy disse que seu banco não tinha “absolutamente nenhuma intenção” de investir mais no Credit Suisse, insistindo que a decisão era principalmente regulatória. O banco saudita hoje tem pouco menos de 10% do capital do CS, e ampliar essa fatia exigiria a aprovação do supervisor do mercado suíço, o Finma. 

Embora al-Khudairy tenha afirmado estar satisfeito com o plano de reestruturação do Credit Suisse, seus comentários desencadearam pânico em um mercado preocupado com os riscos de contágio após a crise do banco americano SVB.

O preço dos papéis do banco suíço caiu 30%, em seu pior momento do dia, chegando a apenas 1,55 franco suíço, o menor valor histórico da ação.

Grande demais para falir

Para estancar a crise, o Credit Suisse anunciou o pedido de empréstimo ao Banco Central Suíço para “reforçar preventivamente” sua liquidez.

O Banco Central Suíço e o regulador do mercado financeiro suíço (Finma) garantiram que as finanças do banco são sólidas e satisfazem os rigorosos critérios das regulamentações bancárias. As duas instituições consideram que “não há risco de contágio direto entre os problemas enfrentados por alguns bancos nos EUA no mercado financeiro suíço”.

A ajuda do Banco Central foi recebida com bons olhos pelos analistas financeiros.

“Após a extrema volatilidade do preço das ações ontem, as autoridades suíças ofereceram seu apoio. Este é um sinal forte e importante”, reagiu Andreas Venditti, um analista da Vontobel. “Esperamos que estas medidas acalmem os mercados e interrompam a espiral negativa”, acrescentou o analista.

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