Dólar abre em queda nesta quinta-feira, repercutindo ajuda ao banco Credit Suisse

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Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons

Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons

O dólar opera em queda nesta quinta-feira (16), enquanto mercado digere a possibilidade de uma crise no setor bancário depois de ajuda dada pelo Banco Central da Suíça ao banco Credit Suisse.

Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,70%, cotada a R$ 5,2932. Com o resultado, a moeda passou a acumular altas de 1,31% no mês e de 0,29% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

O mercado digere a turbulência da véspera, quando a desconfiança com o setor bancário global tomou conta das emoções. O sentimento se espalhou ontem quando as ações do Credit Suisse tombaram mais de 25% com a notícia de que seu maior investidor, o Banco Nacional Saudita, não aceitou realizar um novo aporte financeiro para ajudar a companhia.

Na Ásia, as ações da China e de Hong Kong ampliaram perdas nesta quinta-feira, pressionadas tanto por ações de nova energia e petróleo, como pelo movimento sem precedentes dos reguladores suíços de prometer ajuda ao banco Credit Suisse, que alimentou temores de uma crise bancária.

Mas, horas depois, as ações europeias avançavam com o resgate ao Credit Suisse, que dissipou temores de uma crise bancária global. Por lá, investidores esperavam também a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A taxa de juro está em 3% e a expectativa é de manutenção.

Nos Estados Unidos, o Departamento de Trabalho dos EUA publica hoje o número de novos pedidos de seguro-desemprego requeridos na semana até 11 de março. Na semana anterior, houve 211 mil pedidos iniciais. Estimam-se 205 mil novos pedidos.

Trata-se de um dos dados importantes para a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre os juros do país na semana que vem.

Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso favorece o dólar frente a outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.

Além disso, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, discursa nesta quinta-feira para convencer os senadores americanos da solidez do sistema bancário do país, depois da falência do banco SVB, no mesmo momento em que a crise toma conta na Europa, com o caso do Credit Suisse.

De acordo com o texto do seu discurso, divulgado hoje de manhã, Yellen se dirigirá aos membros da Comissão Bancária do Senado para “lhes assegurar (…) que nosso sistema bancário continua sólido e que os americanos podem ter a certeza de que o dinheiro que depositaram estará disponível, quando precisarem”.

“As ações desta semana demonstram nosso firme compromisso em garantir a segurança dos depósitos dos correntistas”, dirá. Yellen será ouvida pelos senadores no âmbito do projeto de lei orçamentária do presidente Joe Biden para 2024, que foi apresentado há apenas uma semana.

A nova âncora fiscal, se aprovada pelo Congresso, vai substituir a atual regra do teto de gastos – que, desde 2017, impede que a maioria das despesas do governo cresça em um ritmo mais acelerado que a inflação do período. A ideia é criar um mecanismo que permita ao governo fazer investimentos e despesas sem gerar descontrole nas contas públicas.

“Ele [Lula] marcou depois de amanhã [sexta-feira], portanto, a reunião para que os detalhes sejam apresentados, já conversei com ele sobre o assunto”, disse Haddad a jornalistas.

Segundo o ministro, membros da área econômica e da Casa Civil vão participar da reunião de sexta-feira. A proposta já foi apresentada na terça (14) por Haddad ao vice-presidente Geraldo Alckmin, em reunião no Palácio do Planalto.

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