Ações do Credit Suisse operam em queda nesta sexta-feira

Ações do Credit Suisse operam em queda nesta sexta-feira

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Filial do Credit Suisse em Londres no dia 16 de março de 2023 — Foto: REUTERS/Hannah McKay

Filial do Credit Suisse em Londres no dia 16 de março de 2023 — Foto: REUTERS/Hannah McKay

Após dois pregões marcados por forte volatilidade, as ações do Credit Suisse operam em queda de 6,48%, por volta das 8h40 (horário de Brasília), nesta sexta-feira (17). Nos últimos dois dias, os investidores repercutiram as notícias de que o banco suíço poderia receber aportes.

Na quarta-feira, os papéis recuaram 20%, após o Saudi National Bank, maior investidor do Credit Suisse, informar que não poderia fornecer mais assistência financeira à instituição por questões regulatórias.

“Não podemos porque iríamos acima de 10%. É uma questão regulatória”, disse o presidente do conselho de administração do Saudi National Bank, Ammar Al Khudairy.

O banco saudita havia se comprometido a investir até 1,5 bilhão de francos suíços (US$ 1,5 bilhão) no Credit, após ter adquirido 10% de participação na instituição no ano passado por meio de um aumento de capital.

“Após o Saudi National Bank, principal acionista do Credit Suisse, descartar a hipótese de assistência financeira ao banco, o mercado passou a se preocupar ainda mais com a possibilidade de insolvência da instituição”, afirmou o analista da Terra Investimentos, Luis Novaes.

No dia seguinte, as ações chegaram a subir 40% após o Credit pedir um empréstimo de US$ 54 bilhões (o equivalente a R$ 285 bilhões) ao Banco Central da Suíça. O anúncio foi feito na madrugada desta quinta-feira (16). O órgão financeiro confirmou que irá ajudar o banco, mas não informou qual será o valor concedido.

Ações do Credit Suisse, segundo maior banco da Suíça, têm queda acentuada

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Balanço do Credit Suisse

Na quarta-feira (14) – o que parecia ser um dia um pouco mais calmo para os mercados acionários, após dois grandes bancos quebrarem – com dados da inflação ao consumidor nos Estados Unidos reforçando a perspectiva de um aumento mais brando de juros por parte do Fed, logo tomou outro rumo.

Depois de seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado, o banco suíço Credit Suisse afirmou ter identificado “fraquezas materiais” nos controles internos de divulgação de resultados financeiros e disse que ainda não conteve a saída de clientes de sua base, que aumentaram para mais de 110 bilhões de francos suíços (o equivalente a US$ 120 bilhões).

Essa, no entanto, não foi a primeira adversidade enfrentada pelo banco, que já vinha de uma sequência de escândalos e questões legais há anos. Um dos eventos veio em 2021, por exemplo, quando o colapso da empresa britânica de serviços financeiros Greensill já havia levado US$ 10 bilhões de clientes do Credit Suisse.

Outro acontecimento veio no mesmo ano, quando o Archegos Capital Management deu um prejuízo de mais de US$ 5 bilhões ao banco suíço, após ter feito investimentos na ViacomCBS com recursos tomados por meio de empréstimos bancários feitos também com o Credit.

O banco ainda enfrentou uma investigação independente que concluiu que houve falhas na gestão de riscos da instituição e passou por fases de instabilidade e demissões de funcionários.

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