Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons
Notas de dólar — Foto: pasja1000/Creative Commons
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (17), com investidores atentos a dados econômicos dos Estados Unidos e de olho em eventuais sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O mercado também continua a monitorar o noticiário referente ao setor bancário global e o avanço do novo arcabouço fiscal no Brasil.
Ao final da sessão, a moeda norte-americana avançou 0,59%, cotada a R$ 5,2700. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,02%, cotada a R$ 5,2392. Com o resultado de hoje, a moeda fechou a semana com um avanço de 1,20%. No mês, acumula alta de 0,86%, enquanto no ano ainda tem perdas de 0,15%.
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O que está mexendo com os mercados?
Os indicadores econômicos dos Estados Unidos continuam dando a tônica do mercado, de olho nos efeitos que terão sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) na semana que vem.
Entre os dados, a produção nas fábricas norte-americanas avançou 0,1% em fevereiro em relação ao mês anterior. Na comparação anual, no entanto, houve queda de 1%. Já a confiança do consumidor, calculada pela Universidade de Michigan, registrou a quarta queda consecutiva em março, chegando a 63,4 pontos, ante os 67 pontos do mês anterior.
Os dados ajudam o mercado a calibrar as expectativas sobre os próximos passos do Fed. Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso favorece o dólar frente a outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.
Além disso, o mercado ainda repercute a história de mais um banco norte-americano que enfrenta problemas de liquidez em meio à crise de confiança que atinge o setor desde a última semana. O First Republic Bank, um banco médio da Califórnia, sentiu fortemente os impactos do mercado e viu suas ações derreterem nos últimos dias.
A ideia é criar um mecanismo que permita ao governo fazer investimentos e despesas sem gerar descontrole nas contas públicas. A regra atual, do teto de gastos, impede desde 2017 que a maioria das despesas do governo cresça em um ritmo mais acelerado que a inflação do período.
Os detalhes da proposta são mantidos em sigilo, mas o governo deve propor um mecanismo mais “complexo” que o atual. Além da inflação e do gasto total, a nova regra fiscal deve levar em conta fatores como o crescimento da economia e a trajetória da dívida pública, por exemplo.