Ibovespa opera em queda nesta sexta-feira, puxado por bancos e aversão ao risco no exterior

Ibovespa opera em queda nesta sexta-feira, puxado por bancos e aversão ao risco no exterior

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Sede da B3 — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Sede da B3 — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta sexta-feira (17), com investidores atentos a dados dos Estados Unidos, aguardando sinais da decisão de política monetária do Fed. Investidores também monitoram o noticiário referente ao setor bancário global e o avanço do novo arcabouço fiscal no Brasil.

Na véspera, o Ibovespa teve alta de 0,74%, aos 103.434 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular perdas de 1,43% no mês e de 5,74% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

Os indicadores econômicos dos Estados Unidos continuam dando a tônica do mercado, de olho nos efeitos que terão sobre a decisão do Federal Reserve (Fed) na semana que vem.

Entre os dados, a produção nas fábricas norte-americanas avançou 0,1% em fevereiro em relação ao mês anterior. Na comparação anual, no entanto, houve queda de 1%. Já a confiança do consumidor, calculada pela Universidade de Michigan, registrou a quarta queda consecutiva em março, chegando a 63,4 pontos, ante os 67 pontos do mês anterior.

Os dados podem ajudar o mercado a calibrar as expectativas sobre os próximos passos do Fed. Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso favorece o dólar frente a outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.

Além disso, o mercado ainda repercute a história de mais um banco norte-americano que enfrenta problemas de liquidez em meio à crise de confiança que atinge o setor desde a última semana. O First Republic Bank, um banco médio da Califórnia, sentiu fortemente os impactos do mercado e viu suas ações derreterem nos últimos dias.

Com isso, os três principais índices de Wall Street operavam no vermelho nesta sexta-feira (17).

Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na tarde desta sexta-feira o projeto do novo arcabouço fiscal – proposta que busca substituir o atual teto de gastos como ferramenta de controle dos gastos públicos.

A ideia é criar um mecanismo que permita ao governo fazer investimentos e despesas sem gerar descontrole nas contas públicas. A regra atual, do teto de gastos, impede desde 2017 que a maioria das despesas do governo cresça em um ritmo mais acelerado que a inflação do período.

Os detalhes da proposta são mantidos em sigilo, mas o governo deve propor um mecanismo mais “complexo” que o atual. Além da inflação e do gasto total, a nova regra fiscal deve levar em conta fatores como o crescimento da economia e a trajetória da dívida pública, por exemplo.

O noticiário corporativo também fica na mira, com investidores atentos à temporada de resultados financeiros.

bratings01

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