MRV sobe com nova proposta para adquirir AHS; ação da B3 cai forte com proposta da CVM para concorrência

MRV sobe com nova proposta para adquirir AHS; ação da B3 cai forte com proposta da CVM para concorrência

SÃO PAULO – Em uma sessão de quase estabilidade para o Ibovespa  após atingir novo recorde na véspera, quem ganha destaque no índice é a ação da MRV (MRVE3), que sobe forte com o novo formato para aquisição da AHS.

Fora do índice, quem chama atenção novamente é o ativo da Technos (TECN3), que já subiu 26% no último pregão. Nesta sessão, após chegar a subir quase 9%, os papéis da companhia viraram para queda e registram volatilidade.

O que impulsionou os papéis na véspera é a notícia de que o banco de investimento americano Morgan Stanley adquiriu 8,5 milhões de ações ordinárias da empresa, o que representa 10,9% do seu capital social. Confira os destaques desta sexta-feira (27):

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A Vale informou nesta sexta-feira que vendeu por US$ 152 milhões (R$ 615,6 milhões) a sua participação de 25% na empresa chinesa Henan Longyu Energy Resources Co. Segundo comunicado enviado à CVM, a compradora é outra empresa chinesa, o grupo Yongmei. A Longyu opera duas minas de carvão na província de Henan, com uma produção ao redor de 3,4 milhões de toneladas de carvão térmico e metalúrgico. “O fechamento da operação (de venda) é esperado para o primeiro trimestre de 2020, após a conclusão de condições precedentes à transferência de participação”, informa a Vale. Segundo a empresa, o objetivo da venda é racionalizar o portfólio das operações da mineradora.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a parceria entre BB Banco de
Investimento e o UBS A.G. – Suíça para atuação em atividades de banco de investimentos e de corretora de títulos e valores
mobiliários no segmento institucional, segundo comunicado ao mercado.

Localiza (RENT3)

O Conselho da Localiza aprovou bonificação de ações, à razão de 5%, que corresponderá à emissão de 36,1 mi de novas
ações ON, disse a companhia em comunicado.  Uma nova ação ON será emitida para cada 20 ações ON possuídas,
com custo unitário atribuído de R$ 18,78315917.

As ações em tesouraria, bem como programas de opção de compra de ações, serão ajustados na mesma proporção. A decisão foi tomada em reunião em 12 de dezembro e novas ações emitidas beneficiarão acionistas proporcionalmente à participação acionária em 20 de dezembro.

As ações da B3 registram forte queda após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apresentar propostas para aperfeiçoar o ambiente de negociação de ativos no país.

A autarquia abriu audiência pública nesta sexta (até 28 de fevereiro) com três propostas para o mercado de negociação de valores mobiliários, considerando uma possível elevação da competição.

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A CVM divulgou três minutas. A Minuta A, que pretende substituir a Instrução CVM 461 introduzindo novas disposições na regulamentação sobre o funcionamento dos mercados regulamentados de valores mobiliários e sobre a constituição, organização e funcionamento das entidades administradoras de mercado organizado.

A Minuta B, que dispõe sobre a constituição, a organização e o funcionamento da autorregulação unificada dos mercados organizados e das infraestruturas de mercado financeiro atuantes no mercado de valores mobiliários, assim entendidas as entidades que realizam, cumulativa ou isoladamente, o processamento e a liquidação de operações, o registro e o depósito centralizado de valores mobiliários.

Já a Minuta C altera, principalmente, a Instrução CVM 505 para dispor sobre a execução de ordens no interesse do cliente em contexto de concorrência entre ambientes de negociação (best execution).

Vale ressaltar que, nesta semana, as ações já haviam caído após ser anunciada a conclusão de um processo de arbitragem com a ATS. Isso abre caminho para que ela acesse a central depositária da B3 de forma a prestar serviços como plataforma de negociação de renda variável.

A MRV Engenharia e Participações alterou a proposta sobre AHS a ser discutida em AGE em 31 de janeiro. A companhia ponderou comentários que recebeu de acionistas em relação a eventuais procedimentos relacionados à estrutura do potencial investimento na AHS Residential.

A proposta alterada inclui: incorporar a valor de NAV a totalidade da participação indireta de Rubens Menin na AHS Residential, ratificar o investimento originalmente previsto no plano de negócios apresentado em 04 de setembro, estimado em US$ 236 milhões e a criação de uma estrutura de earn-out via bônus de subscrição de emissão da MRV.

A construtora ainda aprovou na noite de ontem a incorporação da sua subsidiária MDI Desenvolvimento Imobiliário na empresa matriz, uma operação avaliada em R$ 685,7 milhões, através da emissão de 37,2 milhões de ações ordinárias.

A AHS Residential é uma incorporadora com sede na Flórida controlada pelo fundador da MRV, Rubens Menin, que
atualmente detém 32% da MRV. No início de setembro, as notícias sobre a possível aquisição pesaram sobre as ações da MRV em meio a preocupações sobre a questão de partes relacionadas envolvida na transação.

Segundo o Credit Suisse, a nova estrutura da transação ameniza diversas preocupações relacionadas aos conflitos de interesse que estavam colocados sob a estrutura anterior. Apesar da melhora na parte de governança, os analistas ainda veem valuation caro. A AHS parece um bom negócio, mas histórico parece muito pequeno para justificar prêmio elevado, apontam.

A Petrobras eleva, em média, em 5% os preços de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP) em suas refinarias e bases a partir desta sexta-feira.

O reajuste é válido para todos os tipos de GLP, desde o residencial, conhecido como gás de cozinha nos botijões de 13 quilos, até o industrial e comercial, vendidos em vasilhames de 20 kg, 45 kg e acima de 90 kg, incluindo a granel.

BR Distribuidora (BRDT3

A BR Distribuidora assinou nesta quinta-feira com MDC I Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, gerido pela Pacífico Administração de Recursos, contrato para a venda da totalidade de sua participação na CDGN Logística por R$ 25,373 milhões.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explica que o valor da venda será ajustado conforme regras contratuais e pago no fechamento da operação, que está sujeita à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A empresa lembra que detém 49% da CDGN. Os outros 51% pertencem à MDCPAR.

Segundo a BR, a CDGN Logística é uma sociedade anônima que atua há 12 anos no mercado de logística de gás natural comprimido (GNC) atendendo clientes dos segmentos industrial e de distribuição de gás em todo o território nacional. A sede da companhia está localizada no município do Rio de Janeiro.

“A operação está alinhada à iniciativa Gestão de Portfólio, que tem como objetivo expandir os segmentos operacionais com maior potencial de criação de valor para a companhia”, diz.

A BRF contratou uma linha de crédito rotativo de três anos, no valor de R$ 1,5 bilhão, com o Banco do Brasil. A operação foi aprovada em uma reunião do Conselho de Administração da empresa, realizada no dia 19 em São Paulo. Na reunião o Conselho também aprovou a política de gestão de riscos financeiros da empresa.

A Construtora Rossi Residencial assinou ontem um memorando com o Banco Bradesco, para quitar em 180 dias uma dívida de R$ 800 milhões que possui com a instituição. A decisão foi tomada em uma reunião do Conselho da Rossi, na qual a empresa decidiu “reduzir o nível de alavancagem”. Segundo a construtora, este débito com o Bradesco representa 70% do seu endividamento. A Rossi informou que pagará ao Bradesco através da alienação ou venda de ativos. “A renegociação permitirá uma queda significativa nas despesas financeiras projetadas para os próximos anos, permitindo que a companhia direcione seu caixa para novos desenvolvimentos e para a retomada do ciclo de lançamentos”, informou a Rossi em Fato Relevante publicado na CVM.

Triunfo (TPIS3

A Trinfo Participações e Investimentos S.A. comunicou ontem à CVM que chegou a um acordo com o BNDES para “repactuar” a dívida de R$ 792 milhões da sua subsidiária Concebra – Concessionária das Rodovias do Brasil Central – com o banco estatal. Segundo a Triunfo, o BNDES perdoou os encargos moratórios da dívida, através de um bônus de adimplemento. A repactuação prevê que a Concebra destinará 27% do seu faturamento mensal para pagar o serviço da dívida. A Triunfo também informou que conseguiu mudar o indexador da dívida da TJLP mais 2% ao ano para a TLP mais 2% ao ano.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) assinou um protocolo de intenções com a agência de fomento Desenvolve SP, do governo estadual paulista. Segundo o documento, empresas fornecedoras da Sabesp terão acesso a crédito na agência estatal para executar obras e serviços de saneamento no Projeto do Novo Rio Pinheiros. Lançado no ano passado pelo governador João Doria (PSDB), este projeto tem o plano ambicioso de despoluir o Rio Pinheiros, que corta as zonas Sul e Oeste da capital paulista. Atualmente, o Pinheiros e seu principal afluente, o Jurubatuba, são totalmente poluídos. No comunicado enviado à CVM, a Sabesp não detalhou qual é a soma que a Desenvolve SP destinará ao projeto.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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