O chefe de gabinete da presidência da Argentina, Santiago Cafiero, reiterou nesta sexta-feira que o governo do país não pretende desvalorizar o peso e garantiu que as recentes medidas adotadas para combater a escassez de dólares terão efeito no médio prazo.
Cafiero é mais um representante da Casa Rosada a assegurar nesta semana que a Argentina não adotará políticas para a desvalorização do peso. Na última terça-feira, a garantia já havia sido dada por seu chefe, o presidente Alberto Fernández.
Fernández e sua equipe tem reiterado que não há intenção do governo em desvalorizar o peso — Foto: Casa Rosada
Fernández e sua equipe tem reiterado que não há intenção do governo em desvalorizar o peso — Foto: Casa Rosada
“Não vamos desvalorizar. Isso já foi dito pelo presidente, pelo ministro da Economia, pelo presidente do Banco Central”, afirmou Cafiero durante o lançamento de uma plataforma de comércio eletrônico dos Correios da Argentina.
Com relação às medidas adotadas até agora, Cafiero afirmou que elas terão efeitos no médio prazo e que o governo estuda como reorientar a política cambial para garantir que os dólares sejam investidos na produção e na geração de empregos.
Antes das declarações do chefe de gabinete de Fernández, o ministro da Economia, Martín Guzmán, anunciou que o país diminuiria as restrições sobre as operações com o dólar “contado com liquidação” (CCL), uma medida que, segundo ele, visa reduzir o spread entre a cotação da moeda americana no mercado oficial e no paralelo.
Mesmo com as garantias dadas por diferentes representantes do governo, as cotações do chamado “dólar blue” vêm quebrando recordes nos últimos dias. Hoje, a divisa americana chegou a ser cotada a 178 pesos no mercado paralelo, valor muito superior aos 82,50 pesos do câmbio oficial.
*El Economista faz parte da Red Iberoamericana de Periodismo Económico (RIPE).