Os planos da GPC para sua iminente saída da recuperação judicial, segundo o CEO

Os planos da GPC para sua iminente saída da recuperação judicial, segundo o CEO

SÃO PAULO – Em recuperação judicial desde 2013, a GPC Participações (GPCP3) vive agora um dos seus momentos mais importantes, com grande expectativa para sair dessa situação em breve.

Em seu release de resultados do terceiro trimestre, a companhia informou que já obteve pareceres favoráveis da Justiça e do Ministério Público para que sua recuperação judicial, mas que ainda faltam os últimos trâmites para isso ser efetivado

“A recuperação judicial foi necessária em um momento em que a alavancagem da companhia estava muito alta, desproporcional até mesmo à sua capacidade de produção de caixa, em função de alguns investimentos que não foram os mais adequados no passado”, explicou o CEO da GPC, Rafael Raphael, em live promovida pelo InfoMoney.

Segundo ele, o objetivo do processo foi tratar a questão do passivo, controlar e dar um direcionamento para o endividamento da empresa. “Não adianta você fazer uma recuperação e não tratar também da suas operações. Então paralelamente a esse processo nós fizemos uma reestruturação intensa na companhia, com reduções de custos e mudanças na estrutura para torná-la mais eficiente”, disse.

Raphael afirmou ainda que a GPC já implementou as medidas previstas no seu plano de recuperação judicial e cumpriu com as obrigações previstas com os credores. “Mesmo após esse cumprimento são necessários alguns ritos processuais do judiciário para que ele de fato seja formalizado o encerramento do processo e nesse momento nós aguardamos exatamente essas etapas”, explicou.

A live faz parte da série Por Dentro dos Resultados, em que CEOs e CFOs de empresas abertas comentam os resultados do terceiro trimestre e respondem dúvidas dos espectadores e investidores. Para não perder nenhuma live, se inscreva abaixo:

Por Dentro dos Resultados
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No terceiro trimestre, a GPC registrou lucro líquido de 25,6 milhões, uma alta de 95% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Por outro lado, quando comparado com o segundo trimestre deste ano, o lucro da empresa caiu 68%.

Segundo Raphael, a companhia tem apresentado melhoras constantes em seus balanços, sendo que alguns ajustes não-recorrentes foram feitos e por isso impactaram os números, mas que não foram considerados na análise da operação da empresa.

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“Em maio, nós fizemos uma reversão da provisão no processo que discute o ICMS na base de cálculo de PIS e Cofins em R$ 65 milhões e esse resultado impactou o lucro do segundo trimestre”, explicou o diretor executivo e de Relações com Investidores da GPC, George Cordeiro, ressaltando que excluindo este evento, o lucro do terceiro trimestre superou o segundo.

Entre julho e setembro, a receita líquida da empresa avançou 31,8% na comparação com o mesmo período de 2019, para R$ 363,8 milhões, ao passo que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 48,5 milhões, uma alta de 37% em um ano.

Na live, os executivos comentaram ainda que enxergam espaço para crescimento no Brasil, mesmo com o cenário adverso, e que com a saída oficial da recuperação judicial, a GPC deve ser beneficiada em diversos fatores, como facilidade de crédito. Assista à live completa no player acima.

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