Dow Jones fecha pior mês desde março com forte queda das ações de tecnologia

Dow Jones fecha pior mês desde março com forte queda das ações de tecnologia

Os índices acionários de Nova York fecharam em queda nesta sexta-feira (30), puxados para baixo pela forte queda sofrida pelas ações de tecnologia, após a divulgação dos balanços trimestrais das gigantes americanas do setor. A queda de hoje, porém, apenas estende as perdas sofridas ao longo das últimas semanas, com os temores em torno do aumento do número de novos casos de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos.

O Dow Jones fechou em queda de 0,59%, a 26.501,60 pontos, acumulando perdas de quase 1.300 pontos, ou 4,6% em outubro e anotando o seu pior mês desde março. O S&P 500 recuou 1,21% na sessão e 2,7% no mês, a 3.269,96 pontos, enquanto o Nasdaq cedeu 2,45% no dia e 2,3% em outubro, a 10.911,59 pontos.

O índice tecnológico Nasdaq foi especialmente pressionado nesta sexta pela onda de vendas de ações de tecnologia, após as gigantes americanas do setor divulgarem resultados acima do esperado, mas não suficientes para atender às elevadas expectativas dos investidores.

A Apple reportou uma receita recorde de US$ 64,7 bilhões, mas a ação da companhia caiu 5,60% hoje. Investidores receberam de maneira negativa a queda na venda de iPhones e o fato de a companhia não ter divulgado projeções, em meio às incertezas provocadas pela pandemia.

Já a Amazon reportou que os lucros triplicaram no terceiro trimestre, para US$ 6,3 bilhões, mas mesmo assim a ação da companhia caiu 5,45%, com os agentes financeiros demonstrando frustração com as projeções de receita para a companhia no quarto trimestre. O Facebook reportou uma alta de 29% nos lucros do terceiro trimestre, mas a ação recuou 6,31%.

Os papéis do Twitter foram especialmente castigados, fechando o dia em queda de 21,11%, mesmo depois de reportar lucros de US$ 29 milhões. Os investidores se concentram no alerta da empresa de que o comportamento dos anúncios publicitários pode ser imprevisível antes da eleição.

Segundo o chefe de pesquisa da London Capital Group, Jasper Lawler, os grandes nomes da tecnologia vinham impulsionando todos os ganhos do mercado de ações nos últimos meses, com a ideia de que seus desempenhos também eram imunes – ou mesmo beneficiados – pela pandemia.

“Os lucros superaram as expectativas, mas, ao carregar todo o peso do mercado, as ações de tecnologia estavam precificadas à perfeição”, afirmou.

Na semana, porém, o catalisador para as quedas tem sido os temores em torno da pandemia. O número de contaminações nos EUA bateu ontem um novo recorde de 88,521 ontem, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, mas os números vêm assustando os investidores ao longo da semana, desde que o número de infecções ultrapassou no sábado o recorde anterior, de 77,378, no dia 16 de julho.

bratings01

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