Meng Wanzhou, que está em liberdade condicional naquele país, compareceu ao tribunal nesta terça para discutir termos relacionados à fiança. Meng Wanzhou comparece a audiência em tribunal do Canadá nesta terça (29)
Darryl Dyck/The Canadian Press via AP
O Ministro da Justiça do Canadá, David Lametti, confirmou nesta terça-feira (29) que recebeu um pedido dos Estados Unidos para extraditar a diretora financeira da Huawei para aquele país.
O governo canadense tem 30 dias, a partir do recebimento do pedido, para decidir se autoriza a medida. Em caso positivo, o caso de Meng Wanzhou será enviado à Suprema Corte da Colúmbia Britânica para uma audiência, o que pode demorar semanas ou meses.
Meng foi presa em Vancouver em dezembro passado, a pedido dos EUA, e segue na cidade canadense em liberdade condicional. Ela foi ao tribunal nesta terça para discutir termos relacionados ao pagamento da fiança.
Filha do fundador da Huawei, a executiva está no centro de denúncias dos EUA contra a gigante chinesa do setor de telecomunicações.
Um dia antes, ela foi formalmente acusada pelo Departamento de Justiça americano de fraude bancária e conspiração por supostamente fazer negócios com o Irã quando o país estava sob sanções comerciais.
No mesmo dia, promotores dos EUA acusaram a Huawei de roubo de segredo comercial.
China vê repressão
A empresa nega irregularidades. E a China se queixou de repressão contra as empresas do país. “Há tentativas fortes e manipulações políticas por trás disto”, apontou Geng Shuang, um dos porta-vozes do governo, em comunicado publicado no site do Ministério das Relações Exteriores. “Exigimos com firmeza aos Estados Unidos que acabem com a sua injustificada repressão às empresas chinesas, incluindo a Huawei.”
Nesta terça, segundo a Reuters, o advogado de Meng disse que ela é usada como uma refém no relacionamento complexo entre EUA e China. “Nossa cliente não deveria ser um peão ou uma refém deste relacionamento. A senhora Meng é uma empresária ética e honrada que nunca passou um segundo de sua vida tramando violar nenhuma lei dos EUA, incluindo as sanções iranianas”, afirmou Reid Weingarten.
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