“Vamos reduzir nossa alavancagem para três vezes dívida/Ebitda até o fim de 2021”, diz diretor da Suzano

“Vamos reduzir nossa alavancagem para três vezes dívida/Ebitda até o fim de 2021”, diz diretor da Suzano

SÃO PAULO — A aquisição da Fibria em 2018 gerou um forte ganho de sinergia para a Suzano (SUZB3) no longo prazo, mas deixou a empresa bastante alavancada. Dois anos depois do negócio, a relação dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) está em 4,7 vezes — bem acima do ideal, segundo analistas.

Mas a companhia mantém seu compromisso de reduzir esse nível de alavancagem para três vezes dívida/Ebitda ou menos até o fim de 2021. Foi o que afirmou Marcelo Bacci, diretor executivo de finanças e relações com investidores da companhia em live do InfoMoney nesta sexta-feira (14).

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O executivo enfatizou que o prazo médio da dívida é de sete anos e que a empresa não tem os covenants financeiros, as obrigações de manter determinados níveis de liquidez que, se não cumpridas, geram sanções. Além disso, disse, a Suzano tem uma posição de liquidez alta, com caixa de mais de US$ 2 bilhões.

“Um dos grandes fatores que vão gerar valor para os acionistas da Suzano nos próximos anos é a redução da alavancagem. Toda vez que uma empresa reduz a sua dívida, esse valor da dívida se transfere para o equity da empresa, para o patrimônio. Isso aumenta o preço da ação”, disse.

A live faz parte da série Por dentro dos resultados, em que CEOs e CFOs de empresas abertas comentam os resultados do ano e respondem dúvidas de quem estiver assistindo. Nos próximos dias, haverá lives com B3, JHSF, Marfrig, Marisa e outras companhias (veja a agenda completa e como participar).

O executivo comentou sobre a necessidade de aumento no preço da celulose no mercado internacional para garantir a viabilidade do segmento, embora o custo de produção da Suzano seja um dos menores do mundo. Ele também comentou sobre a questão cambial e a estratégia de hedge da companhia.

Hoje, 80% da receita da Suzano é gerada pelas exportações, que são beneficiadas pelo dólar mais alto. Em contrapartida, cerca de 20% do custo da companhia também é dolarizado.

Sobre dividendos, Bacci afirmou que este não é o momento para a empresa pensar em remunerar o acionista, já que ainda tem um nível elevado de dívidas, mas que, caso a meta de redução da alavancagem seja atingida até o fim do ano que vem, isso estará sim nos planos do grupo. Assista à live completa acima.

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