Com efeitos da pandemia, Azul tem prejuízo de R$ 10,8 bilhões em 2020

Com efeitos da pandemia, Azul tem prejuízo de R$ 10,8 bilhões em 2020

Avião da Azul (Crédito: Divulgação)

SÃO PAULO – A companhia aérea Azul (AZUL4) registrou prejuízo líquido de R$ 317,4 milhões no quatro trimestre de 2020, melhorando o desempenho diante do resultado negativo de R$ 2,31 bilhões apresentados um ano antes. Foi a melhor performance da empresa desde o início da pandemia.

No acumulado de 2020, por sua vez, a empresa viu uma grande piora do resultado por conta da pandemia do coronavírus. Diante disso, seu prejuízo aumentou mais de quatro vezes, passando de R$ 2,40 bilhões em 2019 para R$ 10,83 bilhões no ano passado.

Já a receita líquida da companhia teve queda de 45,1% em um ano, fechando o quarto trimestre em R$ 1,78 bilhão. Por outro lado, na comparação com o terceiro trimestre, a receita subiu 121,5%.

No acumulado do ano o recuo da receita foi de 49,4% quando comparado com 2019, passando de R$ 11,44 bilhões para R$ 5,79 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 192,9 milhões entre outubro e dezembro, uma queda de 84,3% sobre o mesmo período do ano anterior.

Enquanto isso, o Ebitda de 2020 ficou em R$ 264,8 milhões, uma queda de 92,7% sobre os R$ 3,62 bilhões do ano anterior. A margem Ebitda caiu 27 pontos percentuais no quarto trimestre, para 10,8%, enquanto no acumulado do ano ficou em 4,6%, recuo de 27,1 p.p.

Em mensagem divulgada junto ao resultado, o CEO da Azul, John Rodgerson, destacou o plano de retomada da companhia e ressaltou que ela terminou dezembro com caixa (disponibilidades, aplicações financeiras de curto prazo e contas a receber) de mais de R$ 4 bilhões, o
maior saldo desde a fundação da Azul há doze anos.

“A Azul começa 2021 fortemente posicionada, mas também estamos cientes de que a incerteza continua e, portanto, devemos manter uma forte disciplina sobre capacidade, custos e caixa”, afirma o executivo se dizendo otimista com o andamento da vacinação no País.

“Há um ano, tínhamos R$2,3 bilhões em caixa, sem nenhuma expectativa de vacina no horizonte e com apenas 70 voos por dia. Um ano depois, temos R$4 bilhões em caixa, 220 milhões de vacinas previstas para chegarem nos próximos quatro meses e mais de 700 voos diários. Temos alguns desafios pela frente, mas certamente nos sentimos confiantes em nossa posição competitiva”, conclui Rodgerson.

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