Cogna tem prejuízo de R$ 90,9 milhões no primeiro trimestre, alta de 132,5% na comparação anual

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A Cogna (COGN3) registrou prejuízo líquido de R$ 90,975 milhões no primeiro trimestre, um salto de 132,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pelo grupo de educação nesta sexta-feira.

Assim como no quarto trimestre, a companhia afirmou que o resultado deve efeito de itens não recorrentes (que totalizaram R$ 130,037 milhões) em função dos gastos com a reestruturação da Kroton e impairment na Saber.

Em termos ajustados pela amortização do intangível, mais valia de estoques e impairment (todos efeitos não-caixa), a Cogna apurou lucro líquido de R$ 6,495 milhões no período, um tombo de 86,1% frente ao primeiro trimestre do ano passado.

A empresa disse que o desempenho refletiu redução do resultado operacional e maior volume de despesas não-recorrentes, parcialmente compensado por menores despesas financeiras líquidas.

A receita líquida caiu 22,4%, para R$ 1,262 bilhão, refletindo nos ensinos superior e básico, entre outros, enquanto as despesas operacionais recuaram apenas 1,6%, para R$ 230,546 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recorrente somou R$ 365,814 milhões, declínio de 16,9% ano a ano, mas a margem subiu 1,9 ponto percentual, para 29%.

O resultado financeiro líquido foi negativo R$ 175 milhões, 23% abaixo do primeiro trimestre de 2020.

A Cogna também reduziu as provisões para créditos de liquidação duvidosa para cerca de R$ 160 milhões, de R$ 213,940 milhões um ano antes.

O Credit Suisse aponta que a redução na base de alunos no campo presencial (baixa de 29%) devido à Covid impactou as receitas. Já a reestruturação preservou a margem operacional, apesar do declínio da receita.

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Segundo o Bradesco BBI, os resultados ficaram um pouco acima do esperado pelos analistas, mas ligeiramente abaixo do consenso. Para a Kroton, apesar da queda na receita líquida, os impactos positivos da recente reestruturação geraram aumento de margem no comparativo anual.

Além disso, a companhia segue registrando fraqueza no segmento presencial, enquanto ensino à distância continua em seu ritmo acelerado de expansão. A Vasta foi o destaque negativo do trimestre, com fraco reconhecimento de receita.

“No geral, acreditamos que os impactos positivos da reestruturação devem acontecer no longo prazo, enquanto os resultados da Vasta e os números de entrada da Kroton devem começar a se recuperar com a redução das restrições à mobilidade”. Contudo, os analistas seguem com recomendação neutra para as ações e preço-alvo de R$ 5,20.

Já o Morgan aponta que os resultados do Cogna estão começando a melhorar, com a reestruturação já mostrando melhorias nas margens do ensino superior. Este segmento proporcionou maior eficiência em custos e forte gerenciamento de despesas. O ensino fundamental e médio continua enfrentando o impacto da redução da base de alunos devido à pandemia e as receitas foram pressionadas. “Em suma, os resultados da Cogna estiveram amplamente em linha com nossas estimativas para receitas e Ebitda”, avaliam os analistas do banco.

(com Reuters)

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