Foxbit passa a oferecer investimento em precatórios via plataforma de “tokenização” de ativos

Foxbit passa a oferecer investimento em precatórios via plataforma de “tokenização” de ativos

SÃO PAULO – A Foxbit, uma das principais corretoras de criptomoedas do país, anunciou nesta terça-feira (10) o lançamento da Foxbit Tokens, unidade de negócios que desenvolve ativos digitais com lastro em ativos reais.

O primeiro produto lançado pela nova plataforma é o “FTPC-34645”, que são tokens lastreados por precatórios, os títulos de dívida pública decorrentes de ação judicial – neste caso, dívidas do Estado de São Paulo.

Existe um mercado secundário para a realização de compra e venda de precatórios, que permite o adiantamento do pagamento para quem precisa receber o dinheiro o quanto antes, no caso, antes de o ente federativo honrar a dívida. Neste caso, a compra do precatório ocorre com desconto no valor total.

É adiantando esse dinheiro, com desconto em relação ao valor a ser pago, e esperando para receber, que investidores conseguem lucrar nesse mercado.

No caso da Foxbit e de outras exchanges de criptomoedas é utilizada a tecnologia blockchain, que permite a criação de tokens representativos do precatório, retirando parte do trâmite burocrático.

Segundo a Foxbit, o token tem prazo estimado para pagamento em 20 meses e rentabilidade conservadora estimada em 20% no período. A empresa também oferece liquidez antecipada para o ativo, com garantia de recompra a partir de outubro.

Em outras palavras, se o investidor quiser se desfazer da posição antes do prazo final, ele poderá fazer isso a partir de outubro e será cobrada uma taxa de resgate antecipado de 5% do valor atualizado do token.

A Foxbit reforça que o investimento envolve os mesmo riscos de se investir em precatórios da maneira tradicional, ou seja, o Estado de São Paulo pode atrasar o pagamento ou não realizar o pagamento do precatório na data prevista, bem como é possível uma mudança na forma de cálculo de atualização do valor do precatório. Há ainda o risco de crédito do ente devedor.

“Todavia, contamos com parceiros especialistas que adotam as melhores práticas jurídicas e tecnológicas para otimizar, automatizar e realizar a originação e auditoria (due diligence) de ativos judiciais, mitigando os possíveis riscos em torno do precatório”, escreve a Foxbit, em nota.

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O primeiro lote de precatórios, que é formado por 3.628 tokens, ou 90% da fração total do acordo precatório (no valor total de R$ 362,9 mil), tem previsão de pagamento estimado até março de 2023.

O investidor pode adquirir o token pela plataforma da Foxbit, com valores a partir de R$ 100.

“Estamos olhando uma vasta gama de oportunidades em tokens, e vamos fazer isso de um jeito acessível a qualquer pessoa. É apenas o início de um mercado completamente novo e podemos inovar com muita velocidade, aguardo ansiosamente o feedback dos nossos clientes”, afirma João Canhada, CEO da Foxbit, em nota.

A Foxbit não é a primeira a entrar no mercado de precatórios. Em julho, a unidade de “tokenização” de ativos do Mercado Bitcoin, o MBDA, lançou um token que representa uma lista de 13 precatórios, com valor unitário de R$ 100.

Em março deste ano o fundador da BitcoinTrade também criou uma plataforma de tokenização, criando um token que representa direitos de jogadores do time de futebol Cruzeiro. Tem ainda o ReitBZ, token do BTG Pactual criado em 2019, que representa cotas de participação em um fundo de imóveis.

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