Ação da Natura salta 7% após concluir compra da Avon e Braskem dispara com acordo; Gol e Azul caem com petróleo em alta

Ação da Natura salta 7% após concluir compra da Avon e Braskem dispara com acordo; Gol e Azul caem com petróleo em alta

SÃO PAULO – A sessão foi de aversão ao risco para o mercado após a morte do General Qassem Soleimani, alto comandante militar do Irã, em operação realizada pelos EUA. Com isso, o Ibovespa fechou em queda de 0,73% após ter superado os 118.500 pontos na véspera, em uma nova sessão de recordes.

Nesta sessão, após abrir com ganhos em meio à alta do petróleo de 3,06% do WTI e de 3,62% para o brent (com os preços no maior patamar desde abril), os ativos da Petrobras (PETR3;PETR4) viraram para queda, com os investidores também de olho na atuação do governo caso haja uma alta ainda maior da commodity.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo tomará providências caso a escalada da crise no Oriente Médio leva a um salto no preço do petróleo. Contudo, ele pontuou que a linha do governo é a de não interferir nos preços dos combustíveis. Uma medida alternativa proposta por ele é de que os governadores abram mão de possíveis ganhos com a arrecadação do ICMS caso haja um incremento do preço do petróleo, para reduzir o impacto da variação na ponta para os consumidores.

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Vale destacar ainda a notícia do Estadão de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve se desfazer de sua fatia de 10% das ações ordinárias (com direito a voto) na Petrobras, por meio de uma oferta subsequente (follow on) no dia 04 de fevereiro. As ações ON tiveram queda de 2,47%, enquanto os ativos PN registraram baixa menor, de 0,81%.

Enquanto isso, os ativos de empresas que sofrem com a alta do petróleo e do dólar (que avança 0,8%), caso principalmente das aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4), registram as maiores baixas do Ibovespa, com baixas respectivas de 3,42% e 3,47%.

Na ponta oposta, a Natura (NTCO3) saltou quase 7% após concluir a compra da Avon, enquanto a Braskem (BRKM5) disparou 4,44% após assinar acordo bilionário em Alagoas. Confira os destaques do mercado:

De acordo com a coluna do Broad, do Estadão, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve se desfazer de sua fatia de 10% das ações ordinárias (com direito a voto) na Petrobras, por meio de uma oferta subsequente (follow on) no dia 04 de fevereiro.

Conforme o cronograma previsto até aqui, o início do roadshow, como são chamadas as reuniões com os potenciais investidores, está previsto para o dia 22 de janeiro. A fatia de ações ordinárias detidas pelo banco de fomento vale cerca de R$ 24 bilhões. Além das ações ordinárias, o BNDES possui cerca de R$ 30 bilhões em ações preferenciais da petroleira, que serão vendidas em operações em bolsa.

A Petrobras informou que sua conselheira Clarissa de Araújo Lins apresentou ontem sua renúncia ao cargo de membro do Conselho de Administração da empresa, por “razões profissionais”. A petrolífera informou que aguarda a nomeação de um novo conselheiro pelo acionista controlador.

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O Grupo Natura concluiu a compra da Avon Products. O conselho de administração da empresa ainda aprovou a incorporação da fabricante norte-americana de cosméticos, em negócio que criou o quarto maior grupo de beleza do mundo, avaliando a rival norte-americana de 130 anos em cerca de US$ 2 bilhões.

Os acionistas da Avon serão donos de 27,3% do grupo, enquanto os 72,3% restantes serão de posse dos acionistas da Natura.

Roberto Marques, presidente-executivo do Conselho de Administração da Natura desde 2017, será o principal executivo do grupo.

Segundo a empresa, Marques comandou a Natura durante a aquisição da The Body Shop em 2017 e possui ampla experiência global.

Marques continuará a liderar o Comitê Operacional do grupo, que inclui os executivos-chefes de cada uma das quatro marcas e operações: Natura & Co América Latina, Avon (exceto América Latina), The Body Shop e Aesop.

Na nova estrutura, João Paulo Ferreira assume o comando da Natura & Co América Latina; Angela Cretu foi nomeada executiva-chefe da Avon Products (Estados Unidos, Europa, Oriente Médio, Ásia, África); David Boynton permanecerá como executivo-chefe da The Body Shop; e Michael O’Keffe, fundador e atual executivo-chefe da Aesop, permanecerá no cargo atual.

A petroquímica Braskem comunicou ao mercado nesta sexta-feira que assinou um termo de acordo com a Defensoria Pública do Estado de Alagoas, com o Ministério Público Federal (MPF), com o Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) e com a Defensoria Pública da União (DPU) para apoio na desocupação e compensação aos moradores das áreas de risco localizadas nos bairros de Mutange, Bom Parto, Pinheiro e Bebedouro, em Maceió.

O acordo ainda será submetido a homologação judicial e a projeção é que envolva cerca de 17 mil pessoas. A Braskem informou que prevê um gasto de R$ 1,7 bilhão no Programa de Compensação Financeira e Realocação, e outros R$ 1 bilhão para o fechamento dos poços de sal da companhia.

“Adicionalmente, Estado de Alagoas, MPF, MP-AL e DPU concordaram com a restituição do montante de R$ 3,7 bilhões até então bloqueados no caixa da companhia, sendo que R$ 1,7 bilhão será transferido para uma conta bancária da Braskem específica para o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação”, informou a petroquímica.

De acordo com o Morgan Stanley, o valor R$ 1 bilhão acima do esperado pelos analistas, uma vez que precificavam no modelo apenas os custos de R$ 1,7 bilhão para compensar os residentes, embora substancialmente inferior aos valores de indenização solicitados anteriormente pelas autoridades (de até R$ 20 bilhões).

Contudo, os analistas avaliam que, embora os esforços pra dirimir os riscos específicos sejam positivos, a recomendação segue underweight (exposição abaixo da média do mercado.

A Smiles informou que, a pedido de Marcos Antonio Pinheiro Filho e por questões de foro pessoal, o executivo foi destituído dos cargos de diretor financeiro e de relações com investidores.

Em razão disto, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a cumulação dos cargos de diretor financeiro e de RI do atual presidente da companhia, André Fehlauer, até o término do mandato, bem como elegeu Murilo Cintra Grassi para o cargo de diretor sem designação da companhia, para o mandato em curso.

Carrefour (CRFB3

O Carrefour Brasil comunicou ontem à CVM que sua subsidiária Atacadão, que atua no comércio atacadista, fez um empréstimo de 325 milhões de Euros (R$ 1,46 bilhão) na financeira Carrefour Finance S.A., com sede na Bélgica. Segundo o Carrefour Brasil, o empréstimo ao Atacadão é destinado a “finalidades corporativas gerais”.

Para usar o dinheiro, o Atacadão pagará taxa de juros Euribor mais 0,60% ao ano, sobre o volume utilizado. O contrato prevê que se houver mudança no controle da companhia, as parcelas em aberto poderão ter vencimento antecipado.

O Banco Pine comunicou ontem aos seus acionistas que o Banco Central aprovou o aumento do capital social da instituição. O Pine é um banco regional voltado ao atendimento de empresas e tem o capital aberto na B3 desde 2007. Segundo o Pine, o capital social da empresa passará a ser de R$ 1,2 bilhão, dividido em 148,157 milhões de ações.

Cyrela (CYRE3

A incorporadora imobiliária e construtora Cyrela informou ontem ao mercado que o Itaú Unibanco reduziu sua participação na empresa para menos de 5% das ações ordinárias. Em setembro do ano passado, o Itaú Unibanco havia ultrapassado os 5% das ações ordinárias.

(Com Agência Estado)

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