SÃO PAULO – Com o cenário bastante incerto e as bolsas do mundo todo registrando grande volatilidade, a agenda de indicadores da próxima semana fica esvaziada, mas com alguns dados importantes que os investidores deverão ficar atentos.
Em especial, no calendário doméstico, será divulgada na segunda-feira às 8h, a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que na última quarta cortou a Selic em 0,5 ponto percentual e apontou que não pretende mais cortar os juros, apesar de deixar claro que irá monitorar o cenário.
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Alguns analistas, antes mesmo da decisão, já defendiam um corte maior nas taxas de juros, o que torna a ata importante para deixar mais clara a possibilidade de que o Banco Central volte a reduzir os juros.
Além disso, é esperado que o BC divulgue o relatório de inflação referente ao primeiro trimestre.
Reações ao coronavírus
Enquanto o mundo todo ainda tenta entender a magnitude dos impactos do novo coronavírus, os bancos centrais e governos seguem atentos para realizarem possíveis novas intervenções.
A semana que passou foi marcada por estímulos vindos do Federal Reserve, Banco Central Europeu (BCE), Banco da Inglaterra, entre outros e é possível que novas medidas sejam anunciadas.
Em relação ao dólar, o Banco Central brasileiro não fez nenhuma intervenção na sexta-feira, mas a moeda recuou ante o real ainda refletindo a ação do Fed junto com o BC para ofertar liquidez ao mercado.
Ainda por aqui, o Congresso se movimenta para ampliar as medidas de proteção ao emprego anunciadas pela equipe econômica, segundo informações do Estadão.
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Além disso, estados e municípios também entregaram ao governo federal várias demandas, como recursos para saúde, compensações em razão da perda de arrecadação, suspensão de pagamento de dívidas e possibilidade de corte em salários de servidores, o que deve tomar a agenda política da próxima semana.
Indicadores
Entre os indicadores, alguns dados de março serão publicados, trazendo os impactos do surto do coronavírus pelo mundo. Nos EUA, saem PMIs e sentimento de Michigan deste mês.
No Brasil, serão divulgados o IPCA-15 de março, além do dado de varejo, ainda de janeiro. No exterior saem ainda os PMIs na Europa e Japão, que devem dar mais detalhes dos impactos do vírus nas economias.
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